Uma nova imagem mostra a “Nebulosa Planetária do Anel” (M57) com uma forma distorcida, além da intrincada estrutura que permite detalhar a dinâmica do gás em expansão. O modelo tridimensional agora criado conclui que a nossa perspectiva sobre a forma ovalizada é na direcção de um dos pólos. A M57 está a ≈700 parsec (2300 anosluz).

M57_HST2013web

A parte interior está rodeada de um anel brilhante de poeiras com cores quentes, e contém gás rarefeito ejectado pela estrela central, que se expande na nossa e na direcção oposta, criando uma estrutura do tipo “bola de râguebi”.

Quando uma estrela de pequena massa, como o sol, atinge o final da vida, ejecta para o espaço as camadas externas e colapsa metade da massa numa estrutura compacta e pequeníssima, designada por estrela anã branca. A M57 é o exemplo mais notável deste evento pois a sua camada gasosa em expansão é relativamente grande e brilhante, o que permitiu ao astrónomo francês Charles Messier, em 1779, catalogá-la com o número 57 quando estudava a trajectória de um cometa na constelação da Lira. Quando observada ao telescópio tem o aspecto de um pequeno objecto difuso mas extenso como os planetas, o que levou à designação de “nebulosa planetária”, na altura. Só mais tarde se entendeu que era gás proveniente de uma estrela de pequena massa, mas, apesar disso, matém-se a designação histórica para esta classe de objectos.

© NASA, ESA, and C. Robert O’Dell (Vanderbilt University). HST— WFC3