Já está disponível na página Youtube da Faculdade de Ciências da ULisboa a gravação da palestra  Alterações Climáticas que foi proferida pelo prof Ricardo Trigo a 18/dez/2015, no ciclo de palestras e actividades “Noites de Ciências, Noites de Luz”. Venha e fascine-se nas ciências!

Relembra-se que estas actividades são gratuitas, sem inscrição, sempre na última 6ª feira de cada mês, dirigidas ao público não especialista mas curioso do conhecimento científico.

Veja aqui o video da palestra cujo resumo foi:

“Nesta apresentação pretende-se descrever os principais mecanismos forçadores do clima e a sua evolução recente, explicando como tem evoluído substancialmente a qualidade dos modelos de simulação de clima nas últimas décadas. Apresentam-se igualmente perspetivas que como é expectável que o clima evolua nas próximas décadas, à escala global e da região sul da Europa, em função dos diferentes cenários de emissão de gases de efeito de estufa.

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Na sequência dos vários relatórios do IPCC publicados em 2001, 2007 e 2014 é cada vez mais evidente que a esmagadora maioria dos especialistas nas áreas de clima, variabilidade climática, extremos climáticos e alterações climáticas considera que as atividades antropogénicas, especialmente as emissões de gases de efeito estufa, são as responsáveis pela maior parte do aquecimento observado à escala global desde a década de 1950. Um aparente abrandamento do aquecimento verificado desde o início do presente milénio não se tem confirmado, qualquer que seja a perspetiva em que analisemos o sistema climático. A taxa de diminuição do gelo no Ártico é preocupante, mas não tanto como a crescente velocidade de fusão do gelo na Gronelândia (figura em cima) e em alguns glaciares do continente Antártico.

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A temperatura média global atingiu em 2014 o seu valor mais elevado desde que há registos à escala global (cerca de 1880), estando o presente ano de 2015 condenado a superar (por larga margem) esse máximo recente. Antevê-se que 2015 supere ligeiramente o valor de 1ºC de anomalia relativamente ao período pré-industrial (figura em baixo), ou seja cerca de metade dos de 2ºC que os cientistas e organizações não governamentais consideram representar a anomalia máxima sustentável a longo prazo