A passagem do cometa C/2013 A1 Siding Spring junto ao planeta Marte a 19 de outubro de 2014

Em outubro teremos um acontecimento histórico a conjunção do cometa C/2013 A1 Siding Spring com o planeta Marte. Segundo as previsões da NASA (Agência Espacial Norte-Americana) o cometa C/2013 A1 Siding Spring vai passar junto a Marte a 19 de outubro, a uma distância aproximada de 140 mil quilómetros. É a primeira viagem do cometa pelo interior do sistema solar a partir da nuvem de Oort (a nuvem de Oort estende-se até 100 mil unidades astronómicas, por comparação Plutão tem uma órbita com semi-eixo maior de cerca de 40 U.A.).

Trajetória do cometa vai passar junto de Marte no dia 19 de outubro – NASA

Trajetória do cometa vai passar junto de Marte no dia 19 de outubro – NASA

 

É raro ter um cometa tão próximo de um planeta no nosso sistema solar, irá passar em Marte a um 1/3 da distância entre Terra-Lua, assim valerá bem a pena não perder esta oportunidade de observá-lo. No dia 19 de outubro, será visível logo depois do crepúsculo civil vespertino que ocorrerá às 19:20 horas. O cometa C/2013 A1 Siding Spring e o planeta Marte estarão na constelação Ofiúco, próximo do aglomerado globular NGC 6401, na direção sudoeste, onde se poderá observá-lo através de binóculos ou telescópios. A observação só será possível  durante aproximadamente 1 hora, pois o cometa juntamente com o planeta Marte ficarão muito baixos no horizonte. Poderá também observá-lo durante uns dias antes e depois do dia 19 de outubro, preferencialmente em sítios com horizonte livre a sudoeste. Isto, porque Marte estará aproximadamente a uma altura angular de 17 graus do horizonte, o equivalente a quase um palmo aberto visto com o braço esticado. Como o cometa vai passar tão próximo de Marte, será necessário ter um bom equipamento para conseguir ver ambos distintamente.

Marte e Júpiter visíveis no céu noturno de outubro

Durante o mês de outubro serão visíveis os planetas Marte e Júpiter. Marte, o planeta vermelho, que pela cor que apresenta torna-se mais fácil de identificar, será visível desde o pôr-do-sol até às 22 horas, e mais para o final do mês, só até às 21 horas. Começamos por vê-lo na constelação de Ofiúco, e depois na constelação de Sagitário. Júpiter, passará da constelação de Caranguejo para a constelação de Leão em meados de outubro. Estará visível a partir das três da manhã ou, mais no final do mês, a partir da uma da manhã.

Tabela com o nascimento, passagem meridiana e ocaso dos planetas Marte e Júpiter

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Para obter mais informação sobre a “Visibilidade dos Planetas” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2014/ Visibilidade dos Planetas em 2014 e consulte também a tabela Nascimento, Passagem Meridiana e Ocaso dos planetas (Lisboa)

 

Chuva de meteoros das Dracónidas e das Oriónidas em outubro

Nesta altura do ano, o céu encontra-se habitualmente muito nublado, o que dificulta a observação de chuvas de meteoros como as Dracónidas e as Oriónidas. No caso das Dracónidas, ainda será mais difícil porque o dia da atividade máxima coincide com a Lua cheia, logo um céu demasiado iluminado para se conseguir ver a chuva de meteoros. As Dracónidas (também chamado Giacobínidas) é uma chuva do meteoros que está associada ao cometa Giacobini-Zinner. Já as Oriónidas terão a data de atividade máxima perto da Lua nova (a 23 de outubro) e um período de atividade mais alargado. Esta chuva de meteoros resulta dos detritos deixados pelo cometa Halley, que passou a última vez pela Terra em 1986. Como tanto as Dracónidas como as Oriónidas são chuvas de fraca intensidade, para as observar aconselhamos evitar noites nubladas e a poluição luminosa das grandes cidades, e procurar um horizonte desimpedido.
O nome “Dracónidas” resulta dos traços das suas estrelas cadentes nos parecerem sair dum ponto da constelação do Dragão, assim o radiante da chuva das Dracónidas encontra-se na constelação do Dragão.
O mesmo acontece com o nome da chuva das Oriónidas pois o seu radiante está na constelação de Orionte.

Tabela com a informação sobre as chuvas de meteoros das Dracónidas e das Oriónidas

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Para obter mais informação sobre “Enxames de meteoróides” consulte no nosso site a página Enxames de Meteoróides