De regresso

Ora cá estamos para o começo de mais um ano lectivo. Esperamos que todos tenham tido uma belas férias e que estejam cheios de energia para começar mais um ano de trabalho. Este verão tiveram todos certamente a oportunidade de observar o Eclipse do 11 de Agosto, cá em Portugal ou fora, para quem quis "ter mais sol tapado", pois até se fizeram férias para não ver o Sol, ao contrário do que muitos turistas querem! Falaremos deste acontecimento mais pormenorisadamente num próximo número. Como repararam começámos a mandar "O Observatório" para as bibliotecas das escolas, para tentar entrar mais em contacto com vocês que gostam de astronomia. Temos tidos respostas muito positivas e queremos agradecer todas estas respostas, como também lançar de novo o apelo para continuarem a comunicar-nos as vossas sugestões, perguntas, e contribuições. No entanto, queremos dizer desde já que não nos será possível publicar tudo que nos é enviado, pois haverá uma selecção tanto a nível da quantidade como a nível da qualidade, com especial incidência nesta última. E claro, quem tiver observações do eclipse do Sol, envie !

Nas notícias deste mês está relatada uma descoberta de um novo satélite de Urano a partir de dados obtidos pela Voyager 2 em 1986 e pelo Telescópio Espacial Hubble. Até parece estranho, que dados de há 13 anos atrás ainda contenham informações que não foram descobertas. Mas é mesmo assim. A quantidade de dados obtidos em missões espaciais e muitas vezes também em sessões de observação a partir de telescópios terrestres, é de tal maneira grande relativamente ao potencial humano para trabalhar neles que muitas vezes ficam por analisar uma grande parte deles. E com as tecnologias cada vez melhores o afluxo de dados só aumenta, o que é compensado parcialmente pela melhoria em tratamento também. No entanto, penso que o afluxo pôe mais peso na balança e ficamos cada vez com mais dados por analisar.....ou seja.....é preciso mais gente e dinheiro para aproveitar o máximo!