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Go forward to A Busca de Vida Extra-terrestre (I)

EDITORIAL

Agora que entrámos num novo século e, ao mesmo tempo, num novo milénio, somos levados a pensar sobre que surpresas nos reservará o séc. XXI no domínio da Astronomia e da Astrofísica. Há um século atrás, todo o nosso conhecimento nesta área era ainda muito incipiente. A Astronomia era ainda uma ciência de pura observação sistemática dos céus, debruçando-se apenas sobre os fenómenos relativos ao movimento dos planetas e das estrelas. Foi apenas com a descoberta da Teoria da Relatividade Geral e da Mecânica Quântica, os paradigmas da ciência do séc. XX, que o estudo do Cosmos se alargou a outros domínios, fazendo nascer a Astrofísica. Fenómenos como a produção de energia por parte das estrelas, o seu nascimento, a sua evolução e morte, os quasares, pulsares, supernovas, buracos negros, a detecção de planetas fora do Sistema Solar, e de, eventualmente, formas de vida extra-terrestre, são temas de debate e de investigação por parte da comunidade astronómica, fazendo com que a Astronomia seja, hoje, extremamente inter-disciplinar, envolvendo conhecimentos de Física, Química, Matemática, Biologia entre outros. Os avanços que se verificaram foram, também, possíveis apenas devido aos enormes desenvolvimentos tecnológicos que se foram registando ao longo do século, desde a entrada em funcionamento de grandes telescópios, quer à superfície da Terra, quer no espaço, até ao lançamento de sondas espaciais destinadas ao estudo de outros planetas do Sistema Solar e das regiões para além deles. Hoje, numa altura em que a nave Voyager 1, lançada em 1977, se prepara para abandonar o Sistema Solar, e, mais uma vez, alargar os horizontes da Humanidade, numa altura em que nos preparamos para instalar em órbita da Terra a Estação Espacial Internacional, que se espera poder vir a constituir um passo importante para a realização de uma viagem tripulada ao planeta Marte durante as próximas décadas, estamos ainda longe da "realidade" retratada no magnífico filme de Stanley Kubrik, "2001, Odisseia no Espaço". De facto, as viagens à Lua ainda não se tornaram rotina, e uma viagem a Júpiter não será certamente, um cenário possível ainda este século, mas estamos certos que o engenho humano não deixará de nos surpreender e de, um dia, tornar realidade estes e outros cenários ainda por imaginar.

JCC

Palestras no OAL

Como já todos sabem, o ciclo de palestras públicas do OAL recomeçou no passado mês de Novembro no Edifício Central do Observatório Astronómico de Lisboa (Tapada da Ajuda; a entrada faz-se pelo portão na Calçada da Tapada). Este edifício, após demoradas obras de remodelação está pronto a acolher-nos uma vez mais, desta vez em belíssimas instalações. Este ciclo de palestras conta com o apoio do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa, recentemente criado e com instalações no Edifício Leste do Observatório. A próxima palestra terá lugar no dia 26 de Janeiro, última sexta-feira do mês, às 21h30m e será proferida pelo Dr. Dalmiro Maia que nos falará sobre "O Sol: como torná-lo numa estrela ameaçadora."



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