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A galáxia espiral mais "massiva".

Diversos investigadores europeus pensam ter encontrado a galáxia espiral mais "massiva" do Universo. Utilizando os novos telescópios VLT (ESO) descobriram, a uma distância de 1 842 mil milhões de Km, uma galáxia que possui 4 vezes mais matéria do que a Via Láctea, a galáxia onde habitamos.

A maneira como foi obtida a massa da galáxia é, essencialmente, a mesma que permite calcular a massa da Terra a partir da sua velocidade orbital e da distância à Lua: para uma dada distância quanto maior for a velocidade de um corpo em redor de um segundo, maior será a massa deste último. Portanto, sabendo as velocidades e distâncias das estrelas e nebulosas em redor do centro da galáxia em questão, os astrónomos obtiveram a massa desta.

Fig. Imagem da galáxia espiral ISOHDFS 27. O diâmetro angular é de 7" o que corresponde a 40 Kpc, (1 Kpc = 3 086 ×1013Km).
Este resultado traz novas implicações na forma como a formação e evolução das galáxias é entendida. Mostra-se assim que já existiam estruturas muito "massivas" no Universo jovem, o que não era certo até à presente descoberta. Este facto permitirá o estudo da formação estelar e consequentemente da própria evolução da galáxia.

Dado que as estrelas jovens ainda se encontram envoltas em nuvens com muito gás e poeira, a radiação emitida por estas na região do óptico e ultravioleta é absorvida nas nuvens e re-emitida no infravermelho. Com o advento de novos instrumentos, no óptico e infravermelho, os astrónomos podem estudar estes objectos longínquos pertencentes ao Universo jovem.

Cassini e a mancha gigante.

Com a aproximação da sonda Cassini a Júpiter novos detalhes da sua atmosfera têm sido dados a conhecer aos investigadores. A imagem em baixo mostra alguns dos detalhes da alta atmosfera de Júpiter e do seu satélite Io. Esta imagem é uma sobreposição de várias imagens obtidas em filtros distintos. Após a sua adição obtem-se uma imagem a cores, aqui reproduzida a preto e branco.

Obtida a uma distância de 28.6 milhões de quilómetros, a imagem possui uma resolução espacial de 170 Km, o que significa que podemos distinguir detalhes na atmosfera com um tamanho mínimo de 170 Km.

Fig. Imagem obtida pela sonda Cassini da mancha gigante de Júpiter e a sua lua Io. Cortesia da NASA.
A mancha vermelha contém, nas regiões externas, um maior número de nuvens de amónia relativamente às regiões centrais. As estruturas filamentares, no centro, parecem mover-se em espiral do interior para o exterior da mancha.

Anteriormente, a sonda Galileo observou que a mancha possuí uma rotação diferencial: enquanto que as zonas externas da mancha rodam no sentido inverso dos ponteiros do relógio e a grande velocidade, as regiões centrais rodam em sentido contrário e lentamente. Quando a sonda Cassini fizer a sua aproximação máxima ao planeta, ficando apenas a 10 milhões de Km e os detalhes das nuvens ficarem mais nítidos, poderemos verificar se este fenómeno ainda acontece. Aguardemos mais notícias!

PM



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