Fig. Trânsito de um planeta e respectiva curva de luz mostrando a variação do brilho da estrela em função do tempo.A detecção de um trânsito através da análise da curva de luz da estrela requer que se verifiquem três condições, a saber:
p=/a
onde é o raio da estrela e o raio da órbita do planeta. Para um planeta como a Terra em torno de uma estrela com raio igual ao do Sol, esta probabilidade é apenas de !! Para um planeta como Júpiter, esta probabilidade seria cinco vezes menor. Além disso, como a luz da estrela tem de ser continuamente medida por fotometria pelo menos ao longo de uma órbita completa do planeta, este método do trânsito torna-se pouco eficiente para grandes valores de , e favorece a detecção de planetas com órbitas pequenas (com pequenos valores de ), uma vez que nestes casos a probabilidade é maior e o tempo de monitorização é mais curto.
Delta T=(/a)(P/)
onde é o período da órbita do planeta. Para um planeta como a Terra, o trânsito duraria cerca de 13 horas, enquanto que para um planeta do tipo Joviano o trânsito seria de 25 horas. Ou seja, a duração do trânsito não é particularmente sensível ao raio da órbita do planeta.
Delta (F/F)=
onde é o raio do planeta. A precisão fotométrica na curva de luz da estrela observada deve ser melhor que . Para um planeta com o raio da Terra, o brilho relativo é de apenas , ou seja dez mil vezes menor que o brilho da própria estrela.
Dr. Miguel C. Moreira
CAAUL, Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade
de Lisboa