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Estrutura do espectro

O interesse do espectro de RW Aurigae está na sua extrema complexidade. Embora com características óbvias de classe T Tauri, RW Aurigae é um caso extremo onde é muito difícil identificar riscas em absorção. As riscas em emissão apresentam perfis bastante variáveis onde é muito comum aparecer sobreposto à emissão pequenas absorções nas asas azul e/ou vermelha indicadoras da existência de ejecção e/ou acreção na estrela. Associada à variabilidade das riscas também é observada uma forte variabilidade do contínuo (muito intenso) que contribui para um enchimento das riscas de absorção fotosféricas. A risca de He I reverte-se de grande importância neste estudo, devido ao seu alto potencial de excitação, requerendo grandes temperaturas e densidades para ser formada. Como acontece noutras T Tauri activas, a risca de He I pode ser decomposta em duas componentes - uma componente larga e outra estreita - que geralmente são bem ajustadas por funções gaussianas. As duas componentes estão associadas a diferentes zonas de emissão. A componente estreita só existe nas estrelas T Tauri que apresentam sinais de acreção de matéria na estrela. Pensa-se que isso acontece pelo facto da matéria quando cai na estrela originar um choque, que torna a região de tal maneira quente que é possível emissão do He I. A componente larga pode ser emitida num vento extremamente quente ou numa cromosfera tipo solar.

Fig. Diferenças de fase na periodicidade das velocidades radiais das RAF (WAL na figura) e CE de He I e largura equivalente (EW) da CE de He I.


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