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Novas Esperanças na Detecção de Exo-Planetas

Excelentes perspectivas na detecção de exo-planetas, semelhantes a Júpiter, se avizinham com as recentes descobertas de um disco circum-estelar e de uma anã castanha pelo telescópio Gemini situado em Mauna Kea, Hawaii. Uma equipa de astrónomos anunciou a descoberta de uma disco planetário em redor de uma estrela jovem no aglomerado MBM 12, a 278 pc (parsec) de distância da Terra. Este é apenas o décimo disco planetário descoberto e o primeiro num sistema estelar quádruplo. O disco envolve completamente a estrela e acredita-se que possui uma idade de cerca de 2 milhões de anos. Foi também detectado que os grãos de poeira, presentes no disco, se estão a agregar, ou seja, estamos a observar as primeiras fases na formação de planetas e outros corpos como cometas e asteróides.

Fig.1 O topo esquerdo mostra uma imagem no infravermelho obtida sem a técnica da óptica adaptativa. A mesma região foi fotografada com óptica adaptativa e a diferença é notória (topo direito). No canto inferior esquerdo a imagem de grande exposição mostra a presença de um objecto extenso que revela ser um disco proto-planetário. Cortesia de UC Berkeley/CfA/Gemini/NOAO/NSF.
Um outro grupo de astrónomos anunciou também a descoberta de uma nova anã castanha em torno de uma estrela do mesmo tipo que o Sol. As anãs castanhas são objectos que não reuniram a massa suficiente para se tornarem estrelas mas que ao mesmo tempo são demasiado maciços para serem considerados planetas. A massa desta anã castanha está compreendida entre 55 e 78 massas de Júpiter e encontra-se a orbitar a estrela 15 Sge a uma distância de 14 U.A. (1 U.A. é igual à distância média entre a Terra e o Sol, correspondendo a 150000000 Km).

Este objecto havia sido observado em Junho de 2001 nas proximidades da estrela. O fraco brilho e o seu espectro revelaram que a sua temperatura estaria entre 1500 e 1800 K, ou seja, cerca de um terço da temperatura à superfície do Sol. Para investigar se este objecto se encontra gravitacionalmente ligado à estrela ou se era um objecto pertencente ao plano do céu, os astrónomos tiveram que observá-lo meses mais tarde e confirmar que se encontrava ligada à estrela 15 Sge.

O que liga estas duas descobertas é a óptica adaptativa, técnica que consiste na modificação da forma dos espelhos dos telescópios por forma a compensar a turbulência da atmosfera terrestre. Estas descobertas vêm mostrar que os telescópios terrestres tecnologicamente mais avançados possuem a capacidade para efectuarem descobertas de alguns tipos de exo-planetas.

O Centro Galáctico em Raios-X

O satélite de Raios-x Chandra obteve um conjunto de imagens que depois de combinadas criaram um mosaico do centro da nossa Galáxia. Este mosaico cobre uma extensão de 278 por 123 pc. A imagem contém centenas de anãs brancas, estrelas de neutrões e buracos negros banhados por gás incandescente a milhões de graus Kelvin.

Fig.2 O centro da Galáxia em raios-x. Cortesia da NASA/UMass/D.Wang et al.
A análise dos dados de Raios-x mostraram que a temperatura no centro da Galáxia é inferior à que se julgava anteriormente: somente 10 milhões de graus Kelvin e não 100 milhões. Aparentemente este gás está a escapar-se do centro da Galáxia e a enriquecê-la quimicamente devido à frequente destruição de estrelas nesta região.

PM



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