Termina mais um ano lectivo e eis que se aproxima portanto um novo solstício de verão. Os dias tornam-se looongos, com o sol bem alto e a lembrar a todos que vem aí a época de férias escolares. Antes disso, estudantes e professores têm ainda que se preparar para a tarefa dos testes e exames do final do ano. Bom trabalho para todos!
É também nesta altura que este boletim cumpre o seu aniversário, o sétimo! É verdade...! Há sete anos que ininterruptamente temos vindo a fazer chegar à quase totalidade de escolas secundárias e a grande parte das escolas do ensino básico, a única publicação periódica de astronomia, em língua portuguesa e em linguagem acessível, feita por profissionais que trabalham activamente nos mais modernos temas de Astronomia e Astrofísica. Parabéns a todos os que contribuiram para tornar isso possível ao longo de sete anos.
Os tempos mudam e sete anos depois do seu início, há que re-pensar os objectivos, o carácter, o conteúdo e os destinatários deste boletim. Tendo em vista o seu melhoramento, é nossa intenção introduzir alterações que se espera venham a despertar um renovado interesse pelos temas aqui tratados. Considerando a expansão da Internet nas escolas, e os elevados custos dos envios postais da edição em papel, teremos de restringir o seu envio àqueles que desejem cobrir os custos do envio postal. A edição Internet continuará a ser aberta a todos e deverá incluir uma maior componente de imagens a cores.
Estas alterações deverão entrar em vigor durante os últimos meses deste ano e devem-se em parte ao fim do apoio financeiro que a FCT conferiu durante vários anos. Durante parte do corrente ano, e só com caracter excepcional, o Programa Ciência Viva concedeu algum apoio a esta publicação. Assim, somos obrigados a solicitar que as escolas ou indivíduos que desejem receber a versão papel do nosso boletim entrem em contacto com a direcção desta publicação durante os próximos meses. Vivemos tempos excitantes com descobertas astronómicas que se sucedem a ritmo acelerado. Hoje mesmo foi anunciada a descoberta de extensas áreas de gelo próximo da superfície de Marte. Este facto aumenta ainda mais as expectativas de que possa existir (ou os indícios de que existiu) vida microbiana no planeta vermelho. Da nossa parte, tudo faremos para continuar a manter vivo o fascínio dos céus e desta ciência que é de todos nós: a Astronomia.
Prof. Doutor João Lin Yun
Centro de Astronomia e Astrofísica
da Universidade de Lisboa (CAAUL)