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O Observatório esclarece as suas dúvidas de astronomia através do endereço electrónico: consultorio@oal.ul.pt |
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Questão:Porque é que a Lua quando se encontra perto do horizonte, parece ter maior tamanho do que quando se encontra noutros locais do céu?
Sugerimos-lhe que faça as seguintes experiências:
1- Experimente ocultar a Lua Cheia em ambas as situações, esticando o braço e erguendo o dedo "mindinho" na direcção do astro. Verá que, apesar da diferença aparente de tamanhos, tão facilmente ocultará o nosso satélite natural num caso como no outro. 2- Espere que a Lua cheia se encontre perto do horizonte e veja quão grande ela parece ser. Pegue então numa folha de papel e faça-lhe um buraco de modo a ver apenas a Lua, coloque-a à sua frente de modo a tapar tudo o resto. Reparará que a Lua agora parece diminuir de tamanho, ficando com o seu tamanho "normal". 3- Com a Lua cheia no horizonte, segure um papel com o braço estendido e tape metade da Lua. Com uma caneta marque no papel o diâmetro da Lua. Repita esta experiência umas horas mais tarde, com a Lua numa posição mais alta no céu. Compare as respectivas marcas do diâmetro lunar e verá que são idênticas (dentro dos seus erros de medição) em vez de uma ser quase o dobro da outra, como os olhos lhe faziam crer. 4- Se ainda não está convencido e quer eliminar todo o factor humano envolvido nestas medições, então, tire duas fotografias à Lua cheia, usando as mesmas condições fotográficas (zoom, tempo de pose), uma quando a Lua está no horizonte e outra quando se encontra na altura máxima. Mande revelar, compare e depois mande-nos a sua resposta...!
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Ficha Técnica O Observatório é uma publicação do Observatório Astronómico de Lisboa, Tapada da Ajuda, 1349-018 Lisboa, Telefone: 213616739, Fax: 213616752; Endereço electrónico: observatorio@oal.ul.pt; Página web: http://oal.ul.pt/oobservatorio. Redacção e Edição: José Afonso, Nuno Santos, João Lin Yun e Maarten Roos-Serote. Composição Gráfica: Eugénia Carvalho. Impressão Tecla 3, Artes Gráficas. Tiragem: 2000 exemplares. © Observatório Astronómico de Lisboa, 1995. A imagem de fundo da capa é cortesia do ESO. |
Urano: o senhor dos anéis ? Doutor Nuno Santos
Este facto levou os astrónomos a perceber que Urano tem também um conjunto de anéis. No entanto, foi só em 1986, com a passagem por este planeta da sonda da NASA Voyager-2, que o sistema de anéis de Urano foi estudado de forma mais precisa. Contrariamente ao caso de Saturno, os anéis de Urano são quase invisíveis a partir da Terra com observações em comprimentos de onda visíveis pelo olho humano, e são completamente ofuscados pela luz vinda do planeta central. Pelo contrário, no infravermelho (e em particular na banda usada para obter a imagem) Urano é muito pouco brilhante, já que o metano na sua atmosfera absorve quase toda a luz desta banda que lhe chega do Sol. Os anéis, por seu lado, são constituídos principalmente por gelos, que reflectem facilmente a luz. Desta forma foi possível obter esta imagem de grande contraste e beleza do sistema de anéis deste planeta. Imagem de Urano, dos seus anéis, e de alguns dos seus satélites, obtida com o auxílio da câmara de infra-vermelho ISAAC (do VLT). Os satélites visíveis são o Titãnia, Oberon, Ariel, Umbriel, e Miranda. Cortesia do ESO |
As visões mais profundas do Universo Doutor José Afonso CAAUL/OAL Como se formaram e evoluíram as primeiras galáxias? Quando é que se formaram os primeiros objectos a emitir luz no Universo primitivo? Estas são perguntas chave na astronomia moderna e, graças aos avanços tecnológicos dos últimos anos, a resposta começa a ser revelada. Com telescópios cada vez mais poderosos, é possível visualizar um Universo cada vez mais distante e, como a luz demora tempo a chegar até nós, cada vez mais primitivo. Eis-nos na era dos "campos profundos" em astronomia. Na capa deste número, mostramos diversas galáxias no Chandra Deep Field South, um campo profundo originalmente observado nos raios-X com o observatório espacial Chandra. Do conjunto de observações deste campo obtidas posteriormente, destacamos as novas imagens ópticas obtidas com o Wide Field Imager, no telescópio de 2.2 m do ESO (Chile). Nesta página apresentamos o resultado das observações com o Very Large Telescope, no infravermelho próximo, de outro campo profundo: o Hubble Deep Field South. A observação na banda Ks (comprimento de onda de 2.2 mm) do VLT é a mais profunda até hoje obtida, revelando galáxias extremamente distantes, invisíveis mesmo nas imagens ópticas do telescópio espacial Hubble. Devido à velocidade finita da luz, estamos a ver estas galáxias num Universo com menos de 15% da sua idade actual. O primeiro resultado destas observações é a descoberta de que galáxias aparentemente "adultas", algumas apresentando uma estrutura espiral semelhante à observada em galáxias próximas, já existiam num Universo com menos de 2 mil milhões de anos. Além disso, parece que estas galáxias se encontram em aglomerados, e não isoladas. Estes resultados, embora preliminares, estão já a ser usados para testar modelos de formação e evolução de galáxias. Com "campos profundos" a serem obtidos quase diariamente,
é de esperar um rápido desenvolvimento do nosso conhecimento
do Universo primitivo.
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Debates públicos no OAL O Observatório Astronómico de Lisboa (OAL) organiza debates públicos de entrada livre. Os debates contam com a presença de investigadores do OAL/FCUL. Para mais informações, contacte o número 21 361 67 39 ou consulte: http://www.oal.ul.pt.
Terrestres e Extra-terrestres: realidades, mitos e esperanças 1. SETI: Pesquisa de vida extraterrestre inteligente - 21 Fevereiro 2003, 21h30 Há quarenta anos que decorre um projecto, intitulado SETI, dedicado à procura de sinais de vida extraterrestre inteligente. Não foi até agora encontrado nenhum sinal credível. Significará este resultado que não existem outras civilizações no Universo e que este projecto deve ser terminado? Estaremos mesmo sós no Universo? Venha conhecer os argumentos a favor e os argumentos contra a continuação deste projecto. 2. Astronomia e Astrologia - 21 Março 2003, 21h30 Já ouviu falar de Astronomia? E de Astrologia? Sabe o que é a Astronomia? E sabe o que é a Astrologia? Acha que a Astrologia é uma ciência? Porque procuram as pessoas um astrólogo? Venha dizer o que pensa deste assunto e ouvir opiniões gerais, científicas e sociológicas. 3. Afinal o que é um planeta...? - 11 Abril 2003, 21h30 Sabe o que é um planeta? Tem a certeza? É o que pensavam os astrónomos e outros especialistas de ciências planetárias até há cerca de dez anos atrás... Venha conhecer as dúvidas, controvérsias e complicações que as descobertas astronómicas dos últimos anos produziram neste campo. Conheça propostas de solução deste problema. 4. As conquistas da Ciência nos próximos cem anos - 23 Maio 2003, 21h30 A origem do Universo? A viagem no tempo? A teletransportação? A cura para todas as doenças? A vida eterna? Ou mais simplesmente a solução para os nossos problemas energéticos, para a fome ou para a contaminação dos recursos naturais? Venha partilhar connosco quais as conquistas científicas que gostaria de ver conseguidas durante o século XXI. Conheça algumas perspectivas dos cientistas.
Palestra Pública de Março O Observatório Astronómico de Lisboa oferece palestras públicas mensais, de entrada livre, no Edifício Central, sobre temas de Astronomia e Astrofísica, normalmente na última 6.ª feira de cada mês às 21h30. No final de cada palestra e caso o estado do tempo o permita, fazem-se observações de corpos celestes com telescópio. Para mais informações, consulte: http://www.oal.ul.pt/palestras/ ou contacte o n.º 21 361 67 39. |
Viagem no Tempo e outros Paradoxos da Relatividade pelo Prof. Doutor Paulo Crawford |