A Terra está atualmente a cruzar a órbita do Asteroide Faetonte. Os detritos deixados por este asteroide são os responsáveis pelo enxame de meteoros que decorre anualmente entre 4 e 17 de dezembro: o enxame das Gemínidas, assim chamado porque os traços das suas “estrelas cadentes” nos parecem sair dum ponto da constelação dos Gémeos (o radiante). Esta é uma das maiores chuvas de meteoros, a par da das Perseidas, embora seja menos conhecida por ocorrer no Outono normalmente com condições meteorológicas adversas à observação. Tem ainda a particularidade de ser causada pela travessia dos detritos de um asteróide e não de um cometa.

A noite de 13 para 14 de dezembro será este ano uma boa ocasião de a observar. A constelação dos Gémeos começa a aparecer no horizonte nordeste por volta das 19h (hora de Lisboa), começando a ver-se o radiante que neste dia estará junto à estrela Castor, como se mostra na figura abaixo.  Será uma noite sem Lua, propícia às observações. A Lua nasce pelas 4h mas terá apenas 10% do seu brilho máximo pois está a aproximar-se da fase de Lua nova (que ocorrerá dia 18).  O pico das Gemínidas ocorrerá já de madrugada, pelas 06h30 do dia 14, com um número bastante elevado de 120 meteoros por hora. Nessa altura a constelação estará já próxima do horizonte oeste.

Os apaixonados por este tipo de fenómenos, e os curiosos em geral, poderão nas próximas noites perder algumas horas de sono para apreciar este belo espetáculo. Para as observar aconselhamos evitar a poluição luminosa das grandes cidades e procurar um horizonte desimpedido e naturalmente esperar por um céu sem nuvens.

Fig. 3 – (figura do IMO) mostra o radiante da chuva de meteoros das Gemínidas ao longo do período de atividade.