Todos os planetas visíveis a olho nu podem ser observados no céu noturno de abril de 2019

Mercúrio será visível ao amanhecer na constelação de Aquário, movendo-se depois para a constelação da Peixes. Encontra-se na direção Sudeste.  A sua magnitude no inicio do mês varia de 0,7 a -0,4. Consulte aqui toda a informação sobre a “Observação de Mercúrio” e sobre a “Visibilidade de Mercúrio em 2019”.

Vénus será visível ao amanhecer na constelação de Aquário, movendo-se para a constelação de Peixes, passando depois pela constelação da Baleia e voltando no final para a constelação de Peixes. Encontra-se na direção Sudeste. No dia 02, Vénus estará a 3°N da Lua pelas 05 horas e no dia 10, estará a 0,3°S de Neptuno pelas 05 horas. A sua magnitude no inicio do mês varia de -3,8 a -3,7.

Marte será visível ao anoitecer na constelação de Touro, a sua tonalidade avermelhada auxiliará a sua identificação. Encontra-se na direção Oeste. No dia 16, Marte estará a 7°N de Aldebarã pelas 23 horas. A sua magnitude ao longo do mês varia de 1,4 a 1,6.

Júpiter será visível durante a madrugada na constelação de Ofiúco. Encontra-se na direção Sudeste. A sua magnitude ao longo do mês varia de -2,2 a -2,5.

Saturno será visível de madrugada na constelação de Sagitário. Encontra-se na direção Sudeste. A sua magnitude ao longo do mês varia de 0,5 a 0,6.

Fig. 1 – Céu visível às 21:00 horas do dia 1 de abril em Lisboa mostrando o planeta Marte.

Fig. 2 – Céu visível às 06:15 horas do dia 15 de abril em Lisboa mostrando os planetas Mercúrio, Vénus, Saturno e Júpiter.

Tabela do nascimento, passagem meridiana e ocaso dos planetas.

Urano e Neptuno também visíveis no céu noturno de abril

Urano, estará visível na constelação de Peixes e Neptuno estará visível na constelação de Aquário, onde permanecerá durante todo o resto do ano. Os planetas Urano e Neptuno terão de ser observados com telescópio, já que nunca são visíveis à vista desarmada.

Para obter mais informação sobre a “Visibilidade dos Planetas” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2019/ Visibilidade dos Planetas em 2019 e consulte também a tabela Nascimento, Passagem Meridiana e Ocaso dos planetas (Lisboa).

A chuva de meteoros das Líridas e η Aquáridas em abril

A partir de meados de abril iniciam as Líridas, são umas das chuvas de meteoros de menor intensidade, têm uma duração de visibilidade de apenas 10 dias (entre 14 a 30 de abril), com a atividade máxima de apenas 18 meteoros na THZ (Taxa Horária Zenital), o pico desta chuva de meteoros ocorre à 01:00 hora do dia 24 de abril. Como esta constelação só começa a nascer depois da meia-noite a nordeste, as observações deverão iniciar-se na 2ª metade da noite. As Líridas são conhecidas desde os tempos antigos, pois há registos chineses antigos deste enxame de 687 a.C., os cronistas relataram “as estrelas caiem como chuva”.

As Líridas estão associadas aos restos de poeira deixados pela passagem do cometa Tatcher e estas partículas entram na nossa atmosfera provocando este fenómeno de chuva de meteoros. O nome desta chuva de meteoros resulta dos traços das suas estrelas cadentes nos parecerem sair dum ponto da constelação da Lira (o radiante).

Fig. 3 – A deslocação da posição do radiante das η Aquáridas entre 19 de abril a 28 de maio.

Também a partir de meados de abril a Terra cruza a órbita do cometa 1P/Halley e são os restos deste cometa os responsáveis pela chuva de meteoros das η Aquáridas. A sua atividade decorre entre 19 de abril a 28 de maio. Será muito difícil observar as η Aquáridas, pois esta constelação só começa a nascer depois das seis horas da manhã a sudeste, próxima da altura do crepúsculo civil. O nome desta chuva de meteoros resulta dos traços das suas estrelas cadentes nos parecerem sair dum ponto da constelação do Aquário (o radiante).

Tabela com a informação sobre as chuvas de meteoros das Líridas e η Aquáridas

Para obter mais informação sobre “Enxames de meteoróides”, e também um a pequena informação sobre a história deste enxame, consulte no nosso site a página Enxames de Meteoroides.

Fases da Lua em abril

Como é bem conhecido, as fases da lua são determinadas pelas posições relativas do sistema sol-lua-terra. À medida que a Lua se move à volta da Terra, ambos os astros progridem à volta do sol, ocorrendo todos os meses Lua Cheia quando há um alinhamento do tipo Sol–Terra–Lua. A Lua Nova ocorre quando há um alinhamento do tipo Sol–Lua–Terra e nas posições intermédias ocorrem o Quarto Crescente e Quarto Minguante. O período que a Lua demora para passar pela mesma fase é de 29,5 dias, conhecido como mês sinódico (ou uma lunação).

Fases_da_lua

Fig. 4 – A órbita lunar com excentricidade aproximada, para mostrar o conceito.

Para obter mais informação sobre as “Fases da Lua” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2019/ Fases da Lua e consulte também a tabela Nascimento, e Ocaso da Lua (Lisboa)

A órbita lunar em abril

A órbita da Lua é aproximadamente uma elipse de excentricidade média 5,5%. A lua demora 27,3 dias a completar a translação (um mês lunar). A órbita elíptica faz com que a Lua ora esteja mais perto, ora mais longe da Terra. O ponto orbital mais próximo da Terra é denominado Perigeu e o ponto mais afastado chama-se Apogeu. A distância média Terra-Lua é <dTL>= 384.400 km. A tabela abaixo indica os instantes do apogeu e perigeu lunar com a distância da Terra à Lua em unidades de RT (Raio Terrestre).

Apogeu

Fig. 5 – A órbita lunar com excentricidade muito exagerada, para mostrar o conceito.

Tabela com a informação sobre o Apogeu e Perigeu lunar