Todos os planetas visíveis a olho nu podem ser observados no céu noturno de dezembro de 2019

Mercúrio será visível ao amanhecer até dia 26 na constelação de Balança , movendo-se para a constelação de Escorpião, e por fim passando para a constelação de Ofiúco. Encontra-se na direção Sudeste.  A sua magnitude no inicio do mês varia de -0,5 a -0,9. Consulte aqui toda a informação sobre a “Observação de Mercúrio” e sobre a “Visibilidade de Mercúrio em 2019”.

Vénus será visível ao anoitecer na constelação de Sagitário, movendo-se para a constelação de Capricórnio. No dia 11, Vénus estará a 1,8°S de Saturno pelas 05 horas. Encontra-se na direção Sudoeste. A sua magnitude ao longo do mês varia de -3,7 a -3,8.

Marte será visível ao amanhecer na constelação de Balança, a sua tonalidade avermelhada auxiliará a sua identificação. No dia 23, Marte estará a 4°S da Lua pelas 02 horas. Encontra-se na direção Sudeste. A sua magnitude ao longo do mês varia de 1,7 a 1,6.

Júpiter será visível ao anoitecer na constelação de Sagitário até dia 17. No dia 27, Júpiter estará em conjunção com o sol pelas 18 horas. Encontra-se na direção Sudoeste. A sua magnitude ao longo do mês é de -1,8.

Saturno será visível ao anoitecer na constelação de Sagitário. Encontra-se na direção Sudoeste. A sua magnitude ao longo do mês é de 0,6.

Fig. 1 – Céu visível às 17:30 horas do dia 1 de dezembro em Lisboa mostrando os planetas Júpiter, Saturno e Vénus.

Fig. 2 – Céu visível às 06:00 horas do dia 1 de dezembro em Lisboa mostrando os planetas Marte e Mercúrio.

Tabela do nascimento, passagem meridiana e ocaso dos planetas.

Úrano e Neptuno também visíveis no céu noturno de dezembro

Úrano, estará visível na constelação de Peixes e Neptuno estará visível na constelação de Aquário, onde permanecerá durante todo o resto do ano. Os planetas Úrano e Neptuno terão de ser observados com telescópio, já que nunca são visíveis à vista desarmada.

Para obter mais informação sobre a “Visibilidade dos Planetas” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2019/ Visibilidade dos Planetas em 2019 e consulte também a tabela Nascimento, Passagem Meridiana e Ocaso dos planetas (Lisboa).

A chuva de meteoros das Táuridas do Norte, das Gemínidas e das Úrsidas em dezembro.

Este mês a Terra cruza a órbita do Asteroide Faetonte e são os “detritos” deixados por este asteroide os responsáveis pelo enxame de meteoros que decorre anualmente entre 4 e 17 de dezembro: o enxame das Gemínidas. O nome deste enxame resulta dos traços das suas estrelas cadentes nos parecerem sair dum ponto da constelação dos Gémeos (o radiante).
A observação do pico das Gemínidas ocorre no dia 14 entre as 19 horas e as 23 horas da noite, com o número de meteoros por hora drasticamente reduzido (comparado com a média atribuída de 140 por hora) devido ao fato da lua quase cheia (pois o instante de Lua Cheia ocorreu no dia 12 às 05h12min) estar no céu junto à constelação de Gémeos. Assim, não haverá boas condições de observação para a chuva de meteoros das Gemínidas.

Ainda teremos a continuação da atividade da chuva de meteoros das Táuridas do Norte que termina a 10 de dezembro. A sua atividade máxima no mês passado foi de apenas 5 meteoros / hora e são meteoros muito lentos. Contudo é frequente o aparecimento de bólides (bolas de fogo) nesta chuva de meteoros.

A Terra também cruza a órbita do Cometa Tuttle e são os seus restos responsáveis pela chuva de meteoros das Úrsidas, que decorre anualmente entre 17 e 26 de dezembro. As previsões mostram que o dia 23 de dezembro, é o pico de intensidade máxima desta chuva, que tem início por volta das 03 horas. O número de estrelas cadentes observado não é muito elevado, apenas de 10 meteoros por hora. O nome deste enxame resulta dos traços das suas estrelas cadentes nos parecerem sair dum ponto da constelação da Ursa Menor (o radiante). O radiante das Úrsidas é circumpolar na maioria dos locais do hemisfério norte, como é o caso em Portugal. A lua estará muito próxima da fase de Lua Nova, melhorando um pouco as condições de observação.

Os apaixonados por este tipo de fenómenos, e os curiosos em geral, poderão nas próximas noites perder algumas horas de sono para apreciar este belo espetáculo. Para as observar aconselhamos evitar noites nubladas, a poluição luminosa das grandes cidades e procurar um horizonte desimpedido.

Fig. 3 – (figura do IMO) mostra o radiante da chuva de meteoros das Úrsidas de dezembro (na constelação da Ursa Menor).

Tabela com a informação sobre as chuvas de meteoros das Táuridas do Norte, das Gemínidas e das Úrsidas

Para obter mais informação sobre “Enxames de meteoroides”, e também um a pequena informação sobre a história deste enxame, consulte no nosso site a página Enxames de Meteoroides.

Fases da Lua em dezembro

Como é bem conhecido, as fases da lua são determinadas pelas posições relativas do sistema sol-lua-terra. À medida que a Lua se move à volta da Terra, ambos os astros progridem à volta do sol, ocorrendo todos os meses Lua Cheia quando há um alinhamento do tipo Sol–Terra–Lua. A Lua Nova ocorre quando há um alinhamento do tipo Sol–Lua–Terra e nas posições intermédias ocorrem o Quarto Crescente e Quarto Minguante. O período que a Lua demora para passar pela mesma fase é de 29,5 dias, conhecido como mês sinódico (ou uma lunação).

Fases_da_lua

Fig. 4 – A órbita lunar com excentricidade aproximada, para mostrar o conceito.

Para obter mais informação sobre as “Fases da Lua” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2019/ Fases da Lua e consulte também a tabela Nascimento, e Ocaso da Lua (Lisboa)

A órbita lunar em dezembro

A órbita da Lua é aproximadamente uma elipse de excentricidade média 5,5%. A lua demora 27,3 dias a completar a translação (um mês lunar). A órbita elíptica faz com que a Lua ora esteja mais perto, ora mais longe da Terra. O ponto orbital mais próximo da Terra é denominado Perigeu e o ponto mais afastado chama-se Apogeu. A distância média Terra-Lua é <dTL>= 384.400 km. A tabela abaixo indica os instantes do apogeu e perigeu lunar com a distância da Terra à Lua em unidades de RT (Raio Terrestre).

Apogeu

Fig. 5 – A órbita lunar com excentricidade muito exagerada, para mostrar o conceito.

Tabela com a informação sobre o Apogeu e Perigeu lunar