Quase todos os planetas visíveis a olho nu podem ser observados no céu noturno de julho

Mercúrio será visível de manhã, por altura do início do crepúsculo civil até ao dia 18 de julho. Encontra-se na direção Este.

Vénus aparecerá muito brilhante e será visível como estrela da tarde, e poderá ser facilmente identificado pelo seu grande brilho. Encontra-se na direção Noroeste, na constelação de Leão. No início do mês passa muito próximo de Júpiter, ou seja, no dia 1 Vénus está a 0,4º S de Júpiter pelas 15 horas . Este mês atingirá uma magnitude V=–4,18 por volta do dia 6 e estará mais brilhante que o céu azul. O desafio deste mês é ver Vénus a olho nu pelas ≈16h30m no meridiano local a uma distância ≈ 26° do zénite, ou ≈20° na ilha da Madeira.

Júpiter pode ser visto na constelação de Leão, durante a primeira parte da noite, na direção Oeste.

Saturno, encontra-se na constelação de Balança, na direção Sudeste e pode ser observado durante grande parte da noite.

A tabela abaixo mostra as horas de visibilidade destes planetas.

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Fig. 2 – Céu visível às 22 horas do dia 1/07/2015 em Lisboa mostrando os planetas Vénus e Júpiter muito próximos.

Tabela com o nascimento, passagem meridiana e ocaso de Mercúrio, Vénus, Júpiter e Saturno.

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Urano e Neptuno também visíveis no céu noturno de julho

Urano, estará visível na constelação de Peixes e Neptuno estará visível na constelação de Aquário, onde permanecerá durante todo o resto do ano.

Os planetas Urano e Neptuno terão de ser observados com telescópio, já que nunca são visíveis à vista desarmada.

Tabela com o nascimento, passagem meridiana e ocaso dos planetas Urano e Neptuno

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Para obter mais informação sobre a “Visibilidade dos Planetas” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2015/ Visibilidade dos Planetas em 2015 e consulte também a tabela Nascimento, Passagem Meridiana e Ocaso dos planetas (Lisboa).

A chuva de meteoros Ariétidas, ζ Perseidas, β Táuridas e δ Aquáridas em julho

Nesta altura ocorrem 3 chuvas de meteoros diurnas: as Ariétidas, as ζ Perseidas e as β Táuridas. Tanto a constelação de Carneiro, como as de Perseu e do Touro encontram-se próximas do Sol, e isso faz com que estas chuvas de meteoros sejam difíceis de se ver a olho nu. Alguns dos primeiros meteoros são visíveis no momento das primeiras horas da manhã, geralmente uma hora antes do amanhecer. Ver tabela mais abaixo para obter informações sobre os períodos de visibilidade e as datas de máxima atividade para cada uma destas chuvas de meteoros.

A chuva de meteoros nocturna das δ Aquáridas ocorre entre 12 de julho e 19 de agosto, e a atividade máxima de intensidade desta chuva de meteoros será na noite de 28 de julho. Como esta constelação só começa a nascer depois da meia-noite a sudeste, as observações deverão iniciar-se na 2ª metade da noite. O nome desta chuva de meteoros resulta dos traços das suas estrelas cadentes nos parecerem sair dum ponto da constelação do Aquário (o radiante).
Em 2006, a IMO (International Meteor Organization) decidiu definir uma série de chuvas de meteoros conhecidas sob a designação ANT (The Antihelion Source). O ANT é uma grande área, aproximadamente oval, com extensão de 30◦ em ascensão reta e 15◦ em declinação, centrado num ponto cerca de 12◦ a leste do ponto da oposição solar sobre a eclíptica, daí o seu nome. Não é uma verdadeira chuva de meteoros (e portanto não tem um número oficial de chuva de meteoros do IAU), mas é sim uma região do céu em que um número variável, embora baixo, de chuva de meteoros secundários ativos têm os seus radiantes.

ANTjunho15 Fig. 3 (figura do IMO) mostra os radiantes entre maio a julho, o radiante do ANT em julho encontra-se entre a constelação de Sagitário e Capricórnio.

Tabela com a informação sobre as chuvas de meteoros das Ariétidas, ζ Perseidas, β Táuridas e δ Aquáridas

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Para obter mais informação sobre “Enxames de meteoróides”, e também um a pequena informação sobre a história deste enxame, consulte no nosso site a página Enxames de Meteoroides.

Fases da Lua em julho

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Como é bem conhecido, as fases da lua são determinadas pelas posições relativas do sistema sol-lua-terra. À medida que a Lua se move à volta da Terra, ambos os astros progridem à volta do sol, ocorrendo todos os meses Lua Cheia quando há um alinhamento do tipo Sol–Terra–Lua. A Lua Nova ocorre quando há um alinhamento do tipo Sol–Lua–Terra e nas posições intermédias ocorrem o Quarto Crescente e Quarto Minguante. O período que a Lua demora para passar pela mesma fase é de 29,5 dias, conhecido como mês sinódico (ou uma lunação).

Fases_da_luaFig. 4 -A órbita lunar com excentricidade aproximada, para mostrar o conceito.

Para obter mais informação sobre as “Fases da Lua” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2015/ Fases da Lua e consulte também a tabela Nascimento, e Ocaso da Lua (Lisboa)

A órbita lunar em julho

A órbita da Lua é aproximadamente uma elipse de excentricidade média 5,5%. A lua demora 27,3 dias a completar a translação (um mês lunar). A órbita elíptica faz com que a Lua ora esteja mais perto, ora mais longe da Terra. O ponto orbital mais próximo da Terra é denominado Perigeu e o ponto mais afastado chama-se Apogeu. A distância média Terra-Lua é <dTL>= 384.400 km. A tabela abaixo indica os instantes do apogeu e perigeu lunar com a distância da Terra à Lua em unidades de RT (Raio Terrestre).

ApogeuFig. 5 -A órbita lunar com excentricidade muito exagerada, para mostrar o conceito.

Tabela com a informação sobre o Apogeu e Perigeu lunar

tab_lua_orbPara obter mais informação sobre o apogeu e perigeu lunar consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2015/ Apogeu e Perigeu lunar.