Página - 1 - Dez anos de "O Observatório"! 2 - Dez Anos de "O Observatório"!
- Visitas Guiadas ao OAL
- Próxima Palestra Pública no OAL
3 - Detectar Planetas directamente
- Galáxias elípticas: a união de gigantes
4 - Astronomia de 1995 a 2005: dez anos que revolucionaram o Universo 5 6 - Para Observar em Maio
  VISIBILIDADE DOS PLANETAS
  Alguns Fenómenos Astronómicos
  Fases da Lua
- AstroCruzadas
7 - O Céu de Maio
- Nascimento, Passagem Meridiana e Ocaso dos Planetas
              Versão do Boletim em PDF
O Observatório Astronómico de Lisboa

  1. A História
  O Observatório Astronómico de Lisboa, criado pela Carta de Lei de 6 de Maio de 1878, é uma instituição que se situa na Tapada da Ajuda em Lisboa. A planta do edifício, executada pelo arquitecto Colson, que na altura era dos mais distintos arquitectos estrangeiros residentes em Lisboa, foi inspirada no edifício do Observatório de Pulkovo, na Rússia. Após o apoio financeiro e empenho que o Rei D. Pedro V dispensou a este projecto, foi iniciada a sua construção a 11 de Março de 1861, que apenas terminaria em 1867, ano em que se iniciaram as observações astronómicas. O Observatório foi instalado nos arrabaldes da "Lisboa de Então" mas actual Tapada da Ajuda, em terrenos prontamente oferecidos por este monarca. O lançamento da primeira pedra teve lugar a 11 de Março de 1861, já no tempo do rei D. Luís, que igualmente contribuiu com financiamento retirado da sua dotação pessoal.
  A fundação do Observatório Astronómico de Lisboa teve origem num debate científico sobre o "tamanho do Universo". Em meados do século XIX, a determinação das distâncias às estrelas, através da medição das paralaxes das estrelas constituía a preocupação dominante dos astrónomos de então. Para a estrela n.º1830 do catálogo de Groombridge, pertencente à constelação da Ursa Maior, os valores obtidos pelos melhores Observatórios de então, diferiam apreciavelmente e geraram uma acesa e brilhante controvérsia na Academia Francesa. Foi então sugerido que se fizessem observações em Lisboa, único local em todo o continente europeu em que era possível fazer observações da referida estrela utilizando uma luneta zenital. Para tal, era necessária a edificação de um novo observatório onde se pudesse instalar o equipamento adequado. Tal veio a tornar-se realidade, devido ao apoio do rei D. Pedro V e de outras personalidades da vida política de então.
  Desde a sua criação no século XIX e durante grande parte do século XX, o Observatório Astronómico de Lisboa destaca-se pelo seu excelente trabalho em Astrometria. Prestou também apoio técnico e científico às missões geodésicas do Ultramar e dirigiu, até à década de 1960, o estágio, na parte astronómica, dos oficiais da armada, alunos do curso de engenheiro hidrógrafo. Na segunda metade do século XX, à semelhança do que tem acontecido com outros observatórios astronómicos seculares, o Observatório ficou praticamente envolvido por zonas urbanizadas, devido ao desenvolvimento da cidade de Lisboa, tornando impossíveis observações astronómicas para fins científicos.   Com a extinção do INIC em 1992, passa a depender da Universidade de Lisboa e, por deliberação do Senado Universitário, foi integrado na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em Março de 1995, mantendo a sua estrutura humana própria.

  2. A Missão do Observatório Astronómico de Lisboa
  Presentemente, e também à semelhança do que tem acontecido com outros observatórios astronómicos seculares, o Observatório alberga gabinetes de trabalho de investigadores astrónomos, apoiando o seu trabalho científico. Para além disso, o Observatório foi pioneiro na oferta, desde 1995, de acções de divulgação científica para o grande público e para os estudantes em particular.
  Actualmente, com ênfase na oferta de um serviço público de excelência, a missão do OAL inclui:

  • Manter e fornecer a Hora Legal ao País.
  • Realizar investigação científica em Astronomia e Astrofísica (através do seu braço de investigação científica, o Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa, o CAAUL) incluindo a formação de estudantes de pós-graduação.
  • Prestar esclarecimentos, produzir publicações de dados astronómicos, e emitir pareceres técnicos de fenómenos astronómicos de interesse público junto da sociedade civil (Tribunais, advogados, Protecção Civil, jornalistas, editores, portos e aeroportos nacionais).
  • Divulgar a cultura científica junto do público e das escolas do ensino básico e secundário.
  • Estimular e dar apoio ao ensino da Astronomia nas Escolas básicas e secundárias.
  • Recuperar e preservar o acervo bibliográfico dos séculos XIX e XX.
  • Preservar e dar a conhecer o património histórico da Astronomia portuguesa nos séculos XIX e XX.
  • Manter o serviço de biblioteca.
  3. Actividades oferecidas ao público:
  1. Fornecimento da Hora Legal.
  2. Emissão de pareceres técnicos para os tribunais e Advogados.
  3. Cálculo de dados astronómicos para editores, portos e aeroportos.
  4. Palestras públicas mensais.
  5. Astronovas: serviço electrónico de notícias de Astronomia em língua portuguesa.
  6. Mini-cursos de Astronomia.
  7. Boletim "O Observatório": a única revista de Astronomia em língua portuguesa com carácter periódico.
  8. Debates públicos de cultura e ciência em volta de temas da Astronomia ou afins.
  9. Concursos de trabalhos de Astronomia dirigido aos estudantes do Ensino Secundário.
  10. Escolas de Astronomia para professores do Ensino Básico e Secundário.
  11. Apoio às Escolas Básicas e Secundárias: palestras nas escolas.
  12. Linha jornalista e comunicação regular com a Comunicação Social.
  13. Visitas guiadas do OAL; o museu do OAL.
  14. Consultório de Astronomia "on-line".
  15. Páginas de informação astronómica na Internet (Almanaques e Dados astronómicos).
  16. Serviço de Arquivo e Biblioteca do OAL.


João Lin Yun
OAL
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