O ESO (European Southern Observatory) em colaboração com o NRAO
(U.S. National Radio Astronomy Observatory) decidiu avançar com um
projecto de um grande observatório sub-milimétrico/milimétrico,
o LSA/MMA (Large Southern Array/Millimetre Array).
Este tipo de projecto tem uma grande prioridade na astronomia actual. Será o
complemento milimétrico do ESO/VLT (Very Large Telescope) e do NASA/ESA
HST (Hubble Space Telescope), com objectivos científicos
similares e resolução angular comparável a estes dois instrumentos.
Irá operar numa região de comprimentos de onda relativamente
pouco explorada
e terá uma resolução espacial e angular muito melhor do que o
que se encontra disponível hoje em dia.
O interesse científico de um tal instrumento é tremendo, já que
permitirá estudar a origem de galáxias e estrelas. Dar-nos-á
acesso à época de formação
da primeira galáxia e à evolução posterior das galáxias,
incluindo as
zonas de formação estelar obscurecidas por poeiras, que o HST e o
VLT não conseguem penetrar, assim como todas as fases de formação
estelar "escondidas" atrás de nuvens moleculares de poeira.
Um conjunto de antenas com uma área colectora total de cerca de 7000
(o que corresponde, mais ou menos, a 64 antenas de 12 m de diâmetro cada uma,
trabalhando em interferometria)
será instalado num planalto alto (aproximadamente 5000 m), no sitio de
Chajnantor, no deserto de Atacama, nos Andes chilenos.
Este local sendo seco e alto, assim como grande e plano, tem as
características
ideais para tal projecto. Encontra-se também perto do sitio onde está
instalado o VLT.
Esta ideia, tendo já sido discutida em 1991 no ESO e retomada em 1995 com o
projecto LSA,
surge agora renovada e reforçada pela colaboração com
o NRAO que estudava um projecto semelhante (MMA).
A união de esforços destas duas entidades contribuirá certamente
para um projecto melhorado em que cada parte trará o melhor
da sua experiência passada e técnicas inovadoras.
MSR