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Uma Anã Castanha de Metano

Utilizando o telescópio NTT, astronómos do ESO (European Southern Observatory), detectaram um objecto que julgam ser uma anã castanha, constituída essencialmente por metano.

As anãs castanhas são objectos mais pesados do que planetas e mais leves que estrelas. São na realidade estrelas falhadas. Estes objectos, que devido à sua pequena massa não iniciaram a fusão nuclear do hidrogénio, não possuem uma fonte de energia interna. Durante a sua formação adquirem energia devido à contracção gravitacional, mas após este período acabam por radiar toda esta energia - adquirida na sua formação. Esta nova classe de anãs castanhas são corpos muito "frios", com temperaturas da ordem dos 700 graus Celsius.

Descoberta de forma acidental na constelação da Virgem e no exercício de testes aos novos instrumentos (SUSI e SOFI) instalados no NTT, esta anã castanha servirá para além de outras coisas para estudar a nossa própria Galáxia.

Imagem da anã castanha NTT J 1205-0744 rica em metano, na região do infravermalho (banda J). Cortesia do ESO.

Durante a análise dos dados, os astronómos notaram a existência dum objecto - tipo estrela, numa das imagens obtidas com o SOFI, no infravermelho, enquanto que com o SUSI, na região do visível, este não era detectado. Isto significava que este era um objecto muito vermelho. Para explicar esta anomalia só existiam duas possibilidades: ou era um quasar muito distante ou então era um objecto muito frio pertencente à nossa Galáxia.

A questão só ficou resolvida quando se obteve o espectro do objecto na região do infravermelho, do objecto. Este espectro revelou a existência de certas moléculas, que devido à absorção que provocam no espectro, revelam a sua presença. A absorção induzida no espectro só pode ser explicada se na atmosfera do corpo existirem grandes quantidades de metano (CH4) e alguma água (H2O). Estes factos, aliado à temperatura do corpo, permitem que se conclua que este objecto é uma anã castanha.

As maiores colisões do universo.

Com o intuito de perceberem melhor o que acontece quando dois buracos negros colidem, investigadores do Instituto Max Planck, na Alemanha, simularam com supercomputadores acontecimentos deste genéro. Estas são as primeiras simulações que se efectuam com o objectivo de compreender o comportamento dos dois corpos durante a fusão e entender, um pouco melhor, as ondas gravitacionais.

Os buracos negros são objectos tão densos que nem mesmo a luz consegue escapar às "garras" da sua gravidade. Esta é a razão pela qual se tornam muito difíceis de detectar. A única forma directa de o conseguir é detectando as ondas gravitacionais produzidas durante estes eventos.

Imagem da colisão de dois buracos negros e a propagação das ondas gravitacionais resultantes. Cortesia do Instituto Albert-Einstein, Max Planck .

Efectuando estas simulações, os cientistas pretendem guiar os astrofísicos observacionais no reconhecimento das ondas gravitícas. Em algumas simulações foi possível calcular qual a energia libertada, transportada nas ondas gravitacionais durante estes processos. O valor encontrado corresponde a 1% da massa dos dois corpos. A energia libertada, nestes escassos momentos é maior do que a energia emitida pelo Sol num período de 5 mil milhões de anos.

PM



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