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EDITORIAL

Desperdiçar ... ou rentabilizar?

Portugal tem assistido, durante os últimos anos, a um enorme investimento a nível da formação avançada de recursos humanos no domínio das Ciências. Este investimento tem sido feito através da atribuição, por parte do Estado português, de bolsas de Mestrado, Doutoramento e Pós-Doutoramento, sendo muitas delas atribuídas para a realização da respectiva formação no estrangeiro. A área da Astronomia e Astrofísica tem beneficiado, largamente, deste investimento. Há 10 anos atrás, o país contava com apenas um número insignificante de Doutorados em Astronomia. Hoje, esse número já ultrapassa as várias dezenas, podendo-se já falar de uma verdadeira comunidade astronómica portuguesa. Do nascimento desta comunidade resultaram desenvolvimentos naturais, como a criação da Sociedade Portuguesa de Astronomia em finais de 1999 e a reestruturação de alguns Observatórios nacionais a fim de funcionarem como modernos centros de investigação em Astronomia, de que o Observatório Astronómico de Lisboa é exemplo. Numa outra vertente, e no sentido de uma maior internacionalização da Astronomia no nosso país, Portugal aderiu, no ano passado, à Agência Espacial Europeia (ESA) e ao Observatório Europeu do Sul (ESO), passos importantes e essenciais para se atingir a maturidade científica nesta área.

Há, agora, que dar o passo seguinte. E este consiste em criar condições efectivas para que aqueles que apostaram no desenvolvimento científico do país nesta área possam rentabilizar a experiência e os conhecimentos adquiridos. Urge, assim, capitalizar o investimento feito durante a última década, criando emprego científico que seja capaz de absorver e integrar aqueles que podem protagonizar uma verdadeira profissionalização da Astronomia em Portugal. Se assim não fôr, corremos o risco de desperdiçar a maior parte do esforço financeiro e humano levado a cabo até agora. Terá sido um esforço em vão, um desperdiçar de recursos e o frustar das expectativas daqueles que um dia pensaram dar o seu contributo para o desenvolvimento desta ciência em Portugal. Haja vontade política para que assim não seja.

JCC

Palestra e Hora de Verão

A palestra de Março, a decorrer sexta-feira dia 30 às 21h30m, será proferida pelo Doutor Tom Girard, um investigador americano radicado no nosso país há vários anos, que trabalha no Centro de Física Nuclear da Universidade de Lisboa. A sua apresentação tem como título: "O lado escuro do Universo".

Na noite de 24 para 25 de Março a hora vai mudar. À uma da manhã os relógios avançarão uma hora, passando assim a ser duas da manhã. É o começo da hora de Verão.



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