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Notícias

A galáxia de Centaurus A.

Esta galáxia é uma das fontes de rádio mais intensas do céu. Pensa-se que esta actividade no rádio é o resultado da interacção de matéria com um buraco negro central de grande massa, matéria essa que está a ser acretada num disco em torno do buraco negro. O buraco negro estará escondido por um toro de poeira e gás existente na região central da galáxia.

Para se observar a região central da Centaurus A os astrofísicos tiveram que recorrer aos comprimentos de onda no infravermelho, pois estes são menos absorvidos pela poeira e gás existentes no toro. Para tal foi utilizado um instrumento de infravermelhos, o ISAAC, instalado num dos 4 telescópios do VLT, UT1 - Antu, ESO-Chile.

Na imagem óptica da galáxia Centaurus A é visível uma faixa central de poeira e gás que impossibilita a observação directa do centro da galáxia.ESO
Outras observações, com o telescópio espacial Hubble, já haviam revelado um ténue disco de gás e poeira próximo do centro da galáxia. Nessas observações foi possível efectuar um estudo espectroscópico que mostrava que o disco estava a rodar possibilitando estimar a massa do objecto compacto central.

A Figura 2 mostra o estudo efectuado em duas riscas de emissão, uma relativa ao ferro ionizado, (FeII, lambda=12567Å), e outra relativa à risca beta da série de Paschen do hidrogénio, (Hbeta, lambda=12818Å).

Quando temos matéria em rotação, acontece que a parte que se afasta de nós emite fotões com comprimentos de onda (c.d.o.) ligeiramente superiores (ficando mais vermelhos), relativamente ao c.d.o. central. Nas figuras isto corresponde à emissão existente para cima da linha central. Por outro lado o material que se está a aproximar de nós emite em c.d.o. inferiores (portanto mais azuis), ilustrado nas figuras pelo material em emissão para baixo da linha central. Em cada uma das figuras existe um zoom do espectro para cada uma das riscas de emissão, as quais se encontram distorcidas, devido a este efeito. Esta é uma das assinaturas da matéria em rotação.

Fig. As duas figuras ilustram a dispersão dos comprimentos de ondas relativos ao FeII e H Beta.
A análise efectuada à velocidade de rotação do disco permitiu estimar que a massa, dentro do disco e responsável por este efeito, será da ordem dos 200 milhões de massas solares.

Esta é também a primeira vez que se utiliza espectroscopia no infravermelho para determinar a massa do buraco negro responsável pela forte actividade observada na zona central da galáxia.

Vulcões em Marte.

Análises geológicas preliminares a dois dos mais antigos vulcões, e que estiveram em actividade durante 3.5 mil milhões de anos, parecem conter algumas evidências sobre a possível existência de vida no planeta Marte.

As imagens destes vulcões mostram uma enorme quantidade de "canais" associados a estes vulcões indicando que no período em que ocorreu a sua actividade existia "muita" àgua nesta região.

Neste período deveriam ter estado reunidas as condições necessárias para que a vida pudesse ter existido, tal como ela é entendida no planeta Terra, pois haveria àgua e calor para fumentar o seu aparecimento e evolução.

PM



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