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(Palestra do Mês)

Notícias

Oceanos em Europa.

Imagens recentemente obtidas pela sonda Galileo corroboram a ideia de que existe um oceano por baixo da camada superficial do satélite de Júpiter Europa.

As imagens foram obtidas em Dezembro de 1997, quando a Galileo passou a cerca de 200 km da superfície do satélite. Nestas imagens podem-se ver regiões em que o gelo foi aquecido, pelo menos até a uma temperatura em que começou a fundir. Entre estas, é possível identificar regiões com formações idênticas a "icebergs" e fracturas na superfície de Europa que se encontram preenchidas por gelo acabado de formar. O calor necessário para derreter o gelo tem origem nas marés provocadas por Júpiter e pelas restantes luas galileanas (Calisto, Ganimedes e Iô), já que à distância a que se encontra o planeta, a intensidade da radiação solar não é suficiente para fundir água. Estas novas imagens parecem assim indicar que pelo menos numa fase recente, Europa terá tido uma camada de água líquida imediatamente abaixo da sua superfície. A confirmação desta descoberta terá enormes repercursões, já que é currentemente aceite que a existência de água líquida é um imperativo para a existência de vida.

Durante os próximos 2 anos, a sonda Galileo vai continuar a orbitar Júpiter, e fará mais algumas passagens por Europa. Durante estas espera-se que a sonda recolha mais informações que ajudem a melhor compreender o que se passa em Europa.


"Fábrica" de água na nebulosa de Orion.

Observações efectuadas utilizando o Espectrometro de Infravermelho (LWE) da sonda europeia ISO detectaram, numa nuvem de gás interestelar na zona da Nebulosa de Orion, grandes quantidades de vapor de água.

A detecção baseou-se na identificação de riscas de emissão no infravermelho longínquo características do vapor de água. A análise da intensidade destas riscas permite determinar a concentração de água existente na nuvem molecular. Este tipo de observações só é possível recorrendo a instrumentos instalados em satélites devido à grande quantidade água existente na atmosfera terrestre.

Mas as conclusões retiradas das observações vão ainda mais longe. Por dia está a formar--se nesta nuvem molecular água suficiente para encher 60 vezes todos os oceanos da Terra. Esta conclusão vem confirmar as teorias que desde à 25 anos prevêem que para temperaturas acima dos 200 K, as reacções químicas dentro das nuvens moleculares vão no sentido de juntar práticamente todos os átomos de oxigénio a hidrogénio, e assim formar água.

Neste caso a nuvem molecular está a sofrer um intenso processo de formação de estrelas. As estrelas jovens ejectam matéria a alta velocidade que, ao chocar com o gás interestelar o aquece acima dos 200 K.

A existência de água numa nuvem molecular acelera o seu arrefecimento o que facilita o inicio do processo de formação de estrelas e possivelmente planetas. O nosso sistema solar terá tido origem numa nuvem molecular semelhante, o que poderá querer dizer que toda a água actualmente existente na Terra pode ter tido origem numa "fábrica" de água do mesmo tipo daquela agora descoberta.

Mais detalhes sobre ambas as notícias em http://www.jpl.nasa.gov:80/galileo/ e www.esa.int/Info/98/info12.html .

NMS e CAS



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