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Notícias

Formação da Lua

A análise dos dados obtidos pela sonda da NASA Lunar Prospector parece indicar que a Lua tem um núcleo pequeno. Tal facto sugere que a formação do nosso satélite natural se seguiu à colisão de um corpo do tamanho de Marte com a jovem Terra.

O grande tamanho relativo da Lua face à Terra, faz com que o sistema Lua-Terra seja único no Sistema Solar. Este facto torna difícil a resposta à pergunta "como se formou a Lua?" Existem essencialmente três teorias. Uma diz que a Lua terá sido capturada pela Terra já depois de ter sido formada. No entanto, os dois corpos têm uma abundância de isótopos de oxigénio muito semelhante, o que sugere que se tenham formado aproximadamente no mesmo lugar. A acrescer a esse facto, a captura pela Terra de um corpo da massa da Lua exigiria uma série de condições que parecem difíceis de atingir; em particular, seria essencial a presença de um terceiro corpo massivo, para que possa haver conservação de energia. Por outro lado, uma segunda teoria sugere que a Terra e a Lua se terão formado juntas, como um sistema "binário". As diferenças na composição poderiam ser explicadas pela diferente evolução que os dois corpos teriam tido devido à diferença de massa, juntamente com os efeitos provocados pelo impacto de meteoros nos dois corpos. A confirmar-se, a estrutura interna da Lua deveria ser idêntica à do nosso planeta.

O terceiro modelo é o chamado modelo do "grande impacto". Já a partir dos dados obtidos pelas naves Apollo, os cientistas tinham sugerido que a Lua teria sido formada como resultado do choque de um corpo com massa semelhante à de Marte com a Terra. Segundo esta teoria, o impacto teria tido lugar numa altura em que o núcleo "ferroso" da Terra já estaria formado. As camadas exteriores que teriam sido arrancadas do nosso planeta (constituidas essencialmente por silicatos) iriam juntar-se para dar origem à Lua. Desta forma, a Lua deveria ser formada quase inteiramente por silicatos, não possuindo um núcleo metálico como a Terra.

Agora, dados sobre a gravidade da Lua recolhidos pela sonda Lunar Prospector parecem indicar que o núcleo do nosso satélite natural não excede os 450 km de raio. Isto significa que a sua massa corresponde a cerca de 4% da massa total da Lua. A confirmar-se, este resultado parece reforçar a ideia de que a Lua se terá formado a partir de uma catastrófica colisão de um corpo com a Terra, colocando o modelo do "grande impacto" como o mais capaz de explicar o observado, ou pelo menos excluíndo as outras duas teorias.

Mais detalhes podem ser encontrados em http://luna/arc/nasa/gov.

Tempestades em Úrano

Após 200 anos, e pela primeira vez depois da descoberta de Úrano, conseguiu-se observar alteraçoes sazonais na atmosfera de Úrano. Num filme acelerado produzido com o auxílio do telescópio espacial Hubble foi possível observar a primavera em Úrano. O que foi observado foram vagas de tempestades cada uma delas cobrindo regiões com dimensões idênticas aos Estados Unidos.

Úrano, outrora considerado um planeta brando, começa agora a revelar-nos toda a sua complexidade, resultante da dinâmica existente na sua atmosfera. Uma equipa de astronómos observou as nuvens de Úrano, que são das mais brilhantes dentre todos os planetas exteriores, durante o período em que o planeta sai da longa hibernação de inverno. Pensa-se que estas nuvens são formadas por cristais de metano, que se condensam a partir de bolhas quentes, quando estas ascendem ao topo da atmosfera.

Em Úrano as estacões são bastante longas, cerca de 20 anos, durante os quais, ora o pólo sul do planeta está virado para o Sol, ora todo o planeta recebe a luz do Sol, ora o pólo norte está virado para o Sol. Estas alterações na posição do planeta relativamente ao Sol induzem tempestades violentas.

Nestas observações foi também detectado que o frágil sistema de anéis existentes em Úrano, oscila em torno do seu eixo de rotação. Este sistema de anéis é constituído por pequenos grãos de poeira. A oscilação deste sistema é muito provavelmente provocada pela própria forma de Úrano, que por sua vez é influenciada pela existência de muitas luas em seu redor.

NS & PM



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