Go backward to O mundo maravilhoso da Rádio-Astronomia
Go up to Top
Go forward to Núcleos Galácticos Activos

Notícias

Novo tipo de anãs castanhas

O telescópio de infravermelhos britânico (UKIRT) revelou um novo tipo de anã castanha que, embora já tivesse sido prevista a sua existência, até há data nunca havia sido observada. Estas pequenas estrelas frias (pouco maiores que Júpiter) quando comparadas com as anãs castanhas normais já conhecidas, parecem idênticas diferindo apenas na sua formação. Na realidade, este tipo de estrelas ocorre apenas em sistemas binários. O que se passa é que estas anãs castanhas são os restos de estrelas normais às quais e ao longo de milhares de milhões de anos foi sendo retirada matéria por acção gravitacional de uma companheira, neste caso uma anã branca. Uma anã branca é uma estrela "morta", de pequenas dimensões, muito compacta e de grande densidade, possuindo por isso um campo gravitacional muito forte.

Fig. Ilustração de um sistema binário. A anã branca do sistema acumula matéria por acreção de uma estrela companheira até a transformar numa anã castanha.
Os astrónomos efectuaram esta descoberta no momento em que não ocorre transferência de matéria da estrela normal para a anã branca. Neste período torna-se possível distinguir a radiação proveniente da estrela dadora. Nos dois casos observados foi possível obter o valor da temperatura de superfície de 1300 Kelvin e 1650 Kelvin, respectivamente. Estas temperaturas foram inferidas a partir da assinatura da molécula de metano presente no espectro obtido na região do infravermelho.

Segundo os modelos teóricos as massas destas estrelas frias são da ordem de 1/400 da massa solar ou 40 vezes a massa de Júpiter.

Sonda NEAR-Shoemaker aterra em EROS

EROS é um asteróide em forma de batata que se encontra a 315 milhões de quilómetros do planeta Terra. Após uma viagem de 5 anos e 1 ano passado nas suas proximidades em estudo, a sonda NEAR acabou de pousar na superfície de EROS, tendo sobrevivido a esta manobra quase intacta. Durante a descida os cientistas foram obtendo as melhores imagens de sempre da superfície do asteróide. As imagens foram chegando à estação de controlo até ao instante em que a sonda pousou no asteróide, altura em que se partiu a antena de rádio que assegurava a comunicação. Esta foi uma manobra muito bem sucedida uma vez que não estava programada uma aterragem da sonda na superfície do asteróide.

Fig. Simulação efectuada em computador sobre a aterragem da NEAR na superfície do asteróide EROS. Cortesia da JHU/NASA.
Os programadores retiraram a sonda da sua órbita, a 25.7 quilómetros de EROS, para órbitas menores e abrandaram-na de forma a tentar evitar uma colisão fatal. Deste modo, o fraco campo gravitacional do asteróide pôde apoderar-se do movimento da sonda.

O vasto conjunto de imagens obtidas durante a descida, a adicionar às 160000 imagens já obtidas durante um ano de estudo, permitiram aos cientistas estudar em pormenor este asteróide. Estas imagens permitiram calcular a estrutura e idade de EROS. Pensa-se que este corpo se formou ao mesmo tempo que o Sistema solar, há cerca de 4.5 milhões de anos.

Para seguir mais de perto estas notícias pode consultar a seguinte página da Internet: http://near-mirror.boulder.swri.edu/.

PM



Prev Up Next