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Tremeluzir de quasar usado para medir o Universo.

Os quasares são objectos bastante luminosos e distantes. Muito provavelmente são o resultado, visível, de um buraco negro gigantesco no interior de uma galáxia. Astrónomos usando o satélite de raios-X Chandra, identificaram quatro miragens cintilantes do quasar RXJ 0911.4+0551. Estas imagens são resultantes da distorção do espaço-tempo por matéria que se encontra entre o quasar e nós. Esta distorção faz com que o percurso de alguns fotões seja alterado, acabando por se formarem miragens do mesmo objecto.

Fig. Miragens do Quasar RXJ 0911.4+0551 representadas pelas letras. Os dois gráficos mostram a variação luminosa das miragens A1 e A2.
A separação entre as miragens A1 e A2 é de 0.5 segundos de arco(1). Durante o período de observação (30000 s) foi detectado uma explosão luminosa que durou cerca de 2000 s na miragen A2, enquanto que na miragen A1 não foi observada qualquer explosão. De acordo com os cálculos, era de esperar que a mesma explosão luminosa fosse observada nas miragens A1 e A3, respectivamente 0.8 e 1.6 dias depois. O próximo passo é tentar medir o tempo entre outra explosão luminosa, em duas miragens distintas, para dessa forma determinar a distância absoluta à galáxia deflectora e estimar a expansão do Universo. Será, no entanto, uma tarefa muito complicada devido à grande variabilidade luminosa que estes objectos apresentam.

Os sinais das estrelas "Bebé".

Mesmo antes de se tornarem em estrelas propriamente ditas, as proto-estrelas, onde ainda não ocorrem reacções nucleares, emitem grandes intensidades de raios-X. Nestas fases, o núcleo, que dará origem à estrela, está imerso no seio de um "envelope" de gás e poeira. As actividades destas proto-estrelas nas primeiras etapas de evolução estão completamente ocultas por este invólucro de gás e poeira que existe nesta fase da vida da estrela.

Investigadores utilizando o satélite de raios-X Chandra descobriram raios-X esporádicos em diversas proto-estrelas de Classe I (esta classe define objectos estelares jovens com cerca de 100000 anos de idade). Estas proto-estrelas estão localizadas na nuvem molecular de Rho de Ophiuchus a cerca de 154 parsec de distância. Foram detectadas 17 proto-estrelas com emissão de raios-X, conhecendo-se um total de 22, através de observações no infravermelho. Os fluxos de raios-X detectados nestes objectos pela equipa de astrónomos do Chandra são cerca de 10000 a 100000 vezes mais intensos do que aquele que se observa no Sol. Uma das explicações avançada pelos astrofísicos para justificar este fenónemo invoca a interacção da rotação da proto-estrela com o processo de convecção.

O Novamente RX J185635-3754.

No passado número de Outubro falámos da estrelas de neutrões RX J185635-3754 que vagueia pela Via Láctea à distância de 61.4 parsec, ou seja, a 1.9 ×1015km da Terra. A observação pelo telescópio espacial Hubble em três ocasiões diferentes permitiu que se efectuasse a imagem em baixo do seu deslocamento relativamente ao campo de estrelas.

Fig. Imagem do deslocamento da RX J185635-3754 desde Outubro de 1996 até Setembro de 1999. Cortesia da NASA.
(1) Existem 60 segundos de arco em cada minuto de arco e 60 minutos de arco em cada grau. O diâmetro da Lua Cheia corresponde a cerca de 0.5 graus.

PM



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