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Go forward to A Medição do Cosmos - III

Notícias (Continuação)

Quando apareceram os primeiros buracos negros?

Ao detectar emissão de raios-x dos três quasares mais distantes conhecidos, o observatório Chandra estabeleceu um novo limite para o instante de formação dos primeiros objectos no Universo.

Os três quasares foram recentemente descobertos pelo Sloan Digital Sky Survey, e são os mais distantes conhecidos, a cerca de 13 mil milhões de anos-luz da Terra. Os raios-x agora detectados foram emitidos quando o Universo tinha apenas mil milhões de anos, cerca de 7% da sua idade actual.

A enorme actividade observada nos quasares é atribuída a um buraco negro supermaciço. Os raios-x, produzidos na sua vizinhança, revelam as condições físicas ali existentes. Neil Brandt, da Universidade estadual de Penn (EUA), comparou as observações destes quasares longínquos (e necessariamente novos) com uma amostra de quasares muito mais próximos (e, portanto, mais idosos), não tendo detectado diferenças significativas. Contudo, Jill Bechtold, da Universidade do Arizona, ao analisar uma amostra mais numerosa de 17 quasares distantes, determinou que estes possuem buracos negros mais maciços que os quasares mais próximos.

Ambos os grupos concordam que as massas dos buracos negros nos quasares mais distantes são enormes, se atendermos à sua idade. As estimativas apontam para buracos negros com massas entre mil e 10 mil milhões de massas solares. Comparativamente, o buraco negro que se acredita existir no centro da Via-Láctea possui "apenas" 3 milhões de massas solares.

Ao estabelecer a existência, numa fase ainda muito jovem do Universo, de buracos negros completamente desenvolvidos, estes estudos levam ainda mais para o passado a formação das primeiras estruturas no Universo.

O número de asteróides aumenta

De acordo com um estudo recente existem duas vezes mais asteróides do que se julgava. Apesar de o seu número ser maior, a probabilidade de uma colisão entre um asteróide perdido e a Terra continua a ser diminuta.

Os asteróides são corpos extremamente difíceis de detectar usando telescópios ópticos, devido ao seu diminuto brilho. Edward Tedesco, da TerraSystems (EUA) e François-Xavier Desert, do Laboratório de Astrofísica de Grenoble (França), ultrapassaram esta limitação através de observações no infravermelho. Usando o telescópio espacial ISO, os investigadores observaram uma pequena região da cintura de asteróides, extrapolando posteriormente o número de objectos observados para obterem uma estimativa do seu número total. Os resultados apontam para a existência de entre 1.1 e 1.9 milhões de asteróides dispersos em redor da cintura principal, o que duplica as determinações anteriores.

A maioria das órbitas dos asteróides são relativamente estáveis ao longo de milhões de anos. Este aumento do número de asteróides conhecidos não representa, portanto, um acréscimo significativo da probabilidade de um encontro entre um destes corpos e a Terra.

Fig.2 Imagem do asteróide Gaspra, obtida pela Galileo durante a sua maior aproximação e este corpo, em Outubro de 1991. Cortesia NASA.
PM

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