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1- Imagem de Titã
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3- Cefeidas: estrelas para medir o Universo - Formação estelar explosiva numa galáxia anã
4- As Constelações
5- DESVENDANDO O GPS
6- VISIBILIDADE DOS PLANETAS - Alguns Fenómenos Astronómicos - Fases da Lua - Nascimento, Passagem Meridiana e Ocaso dos Planetas - Campos Rodrigues - Próxima Palestra Pública no OAL
7- O Céu de Dezembro
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Editorial
2005: Ano Mundial da Física
No final do ano civil de 2004, os olhos e as esperanças de todos nós concentram-se no próximo ano, o ano de 2005. Será que a passagem do Sol pelo solstício de Dezembro, anunciando a chegada próxima de um novo ano, irá trazer tempos melhores? O solstício de Dezembro é o momento em que o Sol atinge o ponto mais "baixo" da sua trajectória no seu movimento anual aparente em torno da Terra. A partir daí, a sua trajectória leva-o para "cima", para valores de declinação mais elevados.
Será que vamos todos para "cima" e podemos contar com tempos melhores? A menos que procuremos reduzir a nossa ansiedade usando artes divinatórias, não podemos dar resposta a esta questão, dado não ser cientificamente possível prever o futuro. Podemos contudo garantir que, pelo mundo fora, em 2005, se celebrará o Ano Mundial da Física.
De facto, cem anos depois do ano de 1905, temos mais que razões para celebrar esse ano mirabilis de 1905. Só nesse ano, Albert Einstein publicou cinco trabalhos, três dos quais são a base da nossa civilização tecnológica. Sem essas descobertas, o nosso mundo não seria o que é hoje. Dos lasers à energia nuclear, da célula fotoeléctrica aos GPSs, Einstein revolucionou o mundo com as suas descobertas de ciência fundamental que revelaram a forma como funciona o Universo e tiveram depois tantas aplicações práticas inesperadas.
Nos últimos cem anos, a Física criou as condições para que a Astronomia possa explicar as origens do Universo, das galáxias, das estrelas, dos planetas, da Vida. Assim, a Astronomia moderna designa-se hoje por Astrofísica e é por excelência a ciência do Universo. Gerações de estudantes no mundo desenvolvido têm-se dedicado à tarefa de desvendar os enigmas do cosmos, tornando-se investigadores em Astronomia. Partilham depois com toda a humanidade as suas descobertas deste Universo em que vivemos. Estas descobertas deliciam-nos e maravilham-nos pois tocam naquela conexão profunda e ancestral que nos liga ao Universo, que nos prova que a nossa essência humana é comum à Natureza de que tanto nos afastámos mas que ansiamos tanto por re-encontrar. E esse re-encontro, quando acontece, faz-nos sentir simultaneamente humildes e grandiosos, pequenas centelhas vivas deste infinito profundo, em busca de si próprias ou do significado de si próprias.
Nem que seja simplesmente por este facto, porque a Astronomia nos torna mais humanos, políticos, governantes, autoridades responsáveis deveriam sentir o dever e o prazer de contribuir para oferecer à humanidade este conhecimento dignificador da espécie humana, apoiando e criando as condições para o desenvolvimento desta ciência milenar. Mesmo que não existissem as inúmeras vantagens práticas e económicas que a Astronomia tem trazido à sociedade (ver "O Observatório", vol 10, nº 7), este facto chegaria para tornar o apoio à Astronomia uma tarefa obrigatória de qualquer sociedade que se diga civilizada. E um dia, se entretanto a nossa civilização não se auto-destruir, podemos estar certos de que chegará o tempo em que isso acontecerá. A humanidade dará mais valor às actividades que fazem de si uma espécie mais digna em vez de premiar as actividades que nos afastam do que melhor temos em nós. Dois mil e cinco é apenas o começo da celebração desta aventura. Convido todos os amantes desta maravilhosa ciência, quaisquer que sejam as tarefas que desempenham, a juntarem-se e a trabalharem para esse fim.
Um excelente ano de 2005! E que o resto das vossas vidas possa ser interessante e apaixonante...
João Lin Yun, Director do OAL
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O Observatório esclarece as suas dúvidas de astronomia através do endereço electrónico: consultorio@oal.ul.pt
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Astronomia
Questão:
Qual a origem da palavra Astronomia ?
A palavra Astronomia vem do grego, chegando até nós pelo latim...
Etimologicamente, provém das palavras gregas astron (astro), usada para designar uma constelação ou um qualquer grupo de estrelas e de aster (astro ou estrela), usada para designar um destes objecto isoladamente; estas duas raízes ligadas ao termo grego logos (dissertação, tratado) deram Astrologia (tratado sobre astros) e, ligadas ao termo nemo (observação) deram Astronomia (observação, divisão, administração dos astros).
Os dois termos, Astronomia e Astrologia, eram usados, de início, quase indistintamente e encontram-se nos primeiros textos gregos, e, só para citar, Xenofonte (séc. VI a.C.), Aristóteles (séc. IV a.C.), Epicuro (início do séc. III a.C.), Aristófanes e Platão (séc. V e VI a.C.) usam com o mesmo sentido os termos astrologikós e astronómema (observação astronómica) e astrológos e astronoméo/astronómos (estudo os astros, dedico--me à Astronomia).
A palavra Astrologia era mais usado como teoria, enquanto Astronomia como observação. Com o tempo, a Astrologia passou a ter o sentido de adivinhação, mantendo a palavra Astronomia o seu sentido primitivo, se bem que, durante a Idade Média e Renascença os vocábulos citados podiam ser considerados sinónimos pelo menos pela maioria dos autores. Só com Copérnico, Galileu e Kepler, ou seja, no início da chamada ciência moderna, se relegou a Astrologia para o seu exclusivo papel de "adivinhação pelos astros", reservando-se o termo Astronomia para o "estudo e observação dos astros".
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A Astronomia é uma ciência moderna, que envolve a mais alta tecnologia, que explora o espaço à nossa volta e procura explicar os processos incríveis que ocorrem neste enorme volume. Diz respeito à estrutura e evolução da maior entidade possível: o Universo. Estuda as nossas origens e procura prever o futuro do nosso Sistema Solar, da nossa Galáxia (da Via Láctea) e do Universo inteiro.
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Ficha Técnica
O Observatório é uma publicação do Observatório
Astronómico de Lisboa, Tapada da Ajuda, 1349-018 Lisboa, Telefone:
213616739, Fax: 213616752; Endereço electrónico: observatorio@oal.ul.pt; Página web: http://oal.ul.pt/oobservatorio.
Redacção e Edição: José Afonso, Nuno Santos, João Lin Yun. Composição Gráfica: Eugénia Carvalho. Impressão: Fergráfica, Artes Gráficas, SA, Av. Infante D. Henrique, 89, 1900-263 Lisboa. Tiragem: 2000 exemplares. © Observatório Astronómico de Lisboa, 1995.
A imagem de fundo da capa é cortesia do ESO.
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© 2004 - Observatório Astronómico de Lisboa
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