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Novo Planeta Extrasolar.

Recentemente, uma equipe suiça de astrónomos que fez a primeira descoberta de um planeta extrasolar anunciou a descoberta de mais um planeta, a acrescentar à lista cada vez mais extensa de exoplanetas. Esta descoberta foi efectuada utilizando o novo telescópio suiço de 1,2m do ESO, instalado em La Silla, Chile, o qual possui um espectrógrafo de alta resolução, CORALIE.

Este instrumento foi especialmente construído para a busca intensiva de planetas extrasolares de grande massa. Durante o período deste projecto serão observadas cerca de 1000 estrelas do hemisfério Sul. A precisão do espectrógrafo CORALIE é tal que permite observar o movimento de uma estrela que se desloca na nossa direcção com uma velocidade da ordem dos 5 metros por segundo. Após os primeiros testes iniciaram-se as primeiras observações. Uma das estrelas observadas foi a estrela "Gliese 86". Depois de concluída a análise de dados descobriu-se que esta estrela possuia um planeta em órbita. A massa inferida a partir das observações é de 4.9 vezes a massa de Júpiter. Dado que o planeta se encontra apenas à distância de 16.5 milhões de kilómetros o seu período em torno da estrela é de apenas 15.83 dias. Uma das características deste planeta é a sua elevada temperatura quando comparada com a da Terra, pois a temperatura deste planeta está estimada em 380o C.

Imagem da curva da velocidade radial da estrela "Gliese 86". Cortesia do ESO.

No entanto, o facto mais interessante é que a estrela "Gliese 86" pertence a um sistema binário, isto é, a estrela tem uma companheira. Até há pouco tempo acreditava-se que a formação de um planeta num sistema binário era impossível de ocorrer, pois as instabilidades gravitacionais a que o planeta estaria sujeito acabariam por arremessá-lo para fora do sistema de estrelas. Esta descoberta vem negar esta teoria.

Taxa de expansão do Universo utilizando lentes gravitacionais.

Uma das tarefas designadas para o telescópio Hubble era a determinação da taxa de expansão do Universo. Recentemente, cientistas trabalhando com lentes gravitacionais descobriram uma nova taxa de expansão para o Universo. Os estudos destas lentes gravitacionais permitiram concluir que o Universo se está a expandir a uma taxa ligeiramente inferior ao valor obtido anteriormente. Este novo valor permite aos astrónomos explicar a idade dos enxames globulares mais antigos mas só se admitirem que o Universo tem uma densidade de matéria inferior ao valor actualmente atribuído. Porém, estes novos dados não são do agrado dos cosmologistas que apoiam o modelo do Big Bang. A única forma dos dois modelos coincidirem é admitindo um valor para a constante cosmológica Λ, proposta inicialmente por Einstein ou então admitirem a existência de novas formas de matéria ainda por detectar.

O estudo foi efectuado no quasar PG 1115+080 pois este é um dos poucos objectos que se conhecem que possui uma galáxia directamente entre nós e o quasar. Como a gravidade da galáxia encurva a luz proveniente do quasar - efeito de lente gravitacional - foi possível aos astrónomos, sabendo a diferença de percurso que a luz proveniente de diferentes direcções percorre e a velocidade da luz, calcular uma escala de distâncias. As observações foram efectuadas recorrendo a cameras no infravermelho e no óptico que se encontram no telescópio espacial Hubble.

Imagem da lente gravitacional do quasar PG1115+080. A luz proveniente do quasar é encurvada pela galáxia criando várias imagens do quasar. A galáxia que se encontra no centro da figura está a 3 biliões de anos luz de distância. Cortesia do Space Telescope Science Institute.

PM



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