Go backward to O Sol: como torná-lo numa estrela ameaçadora
Go up to Top
Go forward to A Busca de Vida Extra-terrestre (II)

Notícias

Restos de supernova associada a pulsar.

Observações efectuadas pelo observatório de raios-X, Chandra, evidenciam a presença de um pulsar, estrela morta de grande densidade com as dimensões de uma cidade, associado a um resto de supernova. Esta supernova foi observada pelos astronómos chineses no ano de 386 D.C. Se esta hipótese se vier a confirmar, será o segundo pulsar a ser associado a um evento histórico ocorrido há 1615 anos. Os astrofísicos localizaram o pulsar no centro geométrico do resto de supernova, conhecido como G11.2-0.3. O facto de o pulsar estar situado exactamente no centro geométrico é uma forte evidência de que, de facto, o pulsar, estrela de neutrões, se formou na supernova de 386 D.C.

Fig. Imagem do resto de supernova G11.2-0.3 e do pulsar obtida pelo observatório Chandra.
Esta descoberta está a agitar a comunidade astrofísica, pois de acordo com os conhecimentos actuais sobre estrelas de neutrões, este objecto, a rodar 14 vezes por segundo, deveria ter 24000 anos ao invês de 1615 anos. Se realmente este facto for verdadeiro, isso poderá significar que estes objectos rodam mais devagar do que se supunha.

Nova descoberta do ISO.

Uma descoberta fundamental feita pelo Infrared Space Observatory (ISO) abre novas perspectivas sobre os mecanismos de formação de planetas do tipo Júpiter. Até ao momento, foram detectados cerca de 50 planetas extrasolares a orbitarem outras estrelas (ver "O Observatório" de Janeiro, páginas 2 e 3). Basicamente, existem duas teorias que tentam explicar a formação de planetas gigantes. A primeira diz que os planetas se formam de uma só vez a partir de instabilidades nas densidades de matéria, provocando um colapso do disco nessa região. O segundo modelo diz que em primeiro lugar se formam planetas pequenos, tipo Terra, e com o passar do tempo, devido à acção da gravidade, a matéria do disco é atraída para estes corpos, formando planetas gasosos.

Os modelos de formação de planetas gigantes pressupunham que não existia gás nestes tipos de discos observados pelo ISO, pois este teria sido afastado pela radiação proveniente da estrela. Mas, contrariamente ao que se julgava, foi encontrado hidrogénio molecular em discos circum-estelares em três estrelas próximas: Beta Pictoris, 49 Ceti e HD 135344. Este facto implica que existe ainda material suficiente para formar planetas gigantes (numa destas estrelas, a quantidade de material descoberto é suficiente para formar 10 planetas do tamanho de Júpiter), pelo que as escalas de tempo relativas à formação destes planetas poderá ser superior ao que se julgava até agora.

Fig. Imagem obtida pelo satélite ISO do sistema Beta Pictoris. Nos cantos inferior esquerdo e superior direito estão ilustrados alguns espectros do H2. Cortesia da ESA.
Horizonte de Evento

O horizonte de evento está associado a todos os buracos negros. É definido como a superfície a partir da qual a matéria ou radiação perdem o "contacto", para sempre, com o Universo conhecido, caindo no buraco negro.

Astrónomos pensam ter agora as primeiras evidências directas da existência do horizonte de evento. Observações da fonte de raios-X Cygnus XR-1, mostraram que a matéria em queda emite caoticamente radiação ultravioleta durante o movimento em espiral do gás, à volta do "buraco negro", como a teoria prevê que aconteça próximo do horizonte de evento.

PM



Prev Up Next