Créditos: Wade Earle,  as Gemínidas em 2017 / IMO

Neste fim-de-semana ocorre a máxima atividade do enxame de meteoros das Gemínidas, que tem o radiante perto da estrela Castor na constelação de Gémeos. No entanto, a lua quase cheia (pois o instante de Lua Cheia ocorreu no dia 12 às 05h12min) estará no céu junto à constelação de Gémeos, o que significa que os meteoros mais fracos serão obscurecidos pela luz da lua e que a contagem total será reduzida drasticamente. Em vez de ver 60 ou mais meteoros por hora, estima-se que a contagem seja de cerca de 20 por hora. Mesmo com este número mais reduzido e a perspetiva de uma noite fria de dezembro, valerá sempre a pena a observação para os apaixonados por este tipo de fenómenos, que poderão nas noites de dia 13 e 14 perder algumas horas de sono para apreciar este belo espetáculo. Estes meteoros têm uma particularidade em relação à maioria dos meteoros que é a de serem coloridos.

O pico em Portugal decorre entre as 19 horas e as 23 horas no dia 14 de Dezembro de 2019. No início deste período serão visíveis longos rastos de meteoros vindos do horizonte nordeste, alguns dos quais irão percorrer toda a extensão do céu de Norte a Sul. Com o passar das horas, o ponto radiante sobe mais alto no céu e os meteoros começarão a penetrar mais profundamente na atmosfera, ficando então os rastos mais curtos e com menor duração, se bem que a observação seja mais fácil nessa altura (por volta das 22 horas) por a constelação de Gémeos estar mais alta no céu.

Não perca então esta ocasião para ver ou rever as Gemínidas que são frequentemente brilhantes e intensamente coloridas.

Fig. 1 – Céu visível às 19:20 horas do dia 14 de dezembro em Lisboa mostrando a constelação de Gémeos e as estrelas mais brilhantes: Capela, Aldebarã, Altaír e Vega.

Fig. 2 – Céu visível às 22 horas do dia 14 de dezembro em Lisboa mostrando a constelação de Gémeos e a Lua.

Nota: O enxame de meteoros das Gemínidas decorre anualmente entre 4 e 17 de Dezembro quando a Terra cruza a órbita do Asteróide Faetonte e são os “detritos” largados por este asteróide os responsáveis pelo enxame de meteoros das Gemínidas. O nome deste enxame resulta dos traços das suas estrelas cadentes nos parecerem sair dum ponto da constelação dos Gémeos (o radiante).

Conselhos: ir para um local escuro, fora das luzes dos centros populacionais, com um horizonte desimpedido; esperar que os olhos se habituem à obscuridade (cerca de 30 minutos), agasalhar-se bem, e para maior comodidade levar uma cadeira.

Se o céu se apresentar límpido terá uma maravilhosa visão do céu. Ver-se-á as maravilhosas estrelas e constelações de Inverno já aparecerão em todo o seu esplendor: Aldebarã e as Plêiades do Touro, a linda Capela muito alta e os Gémeos Castor e Pólux.

Para obter mais informação sobre os “Enxames de Meteoróides” consulte no nosso site a página Almanaques/Outros elementos