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No dia 30–Outubro há mais uma “Noites de Ciências, Noites de Luz” que comemora o Ano Internacional da Luz na FCUL. As actividades são gratuitas, sem inscrição, sempre na última 6ª feira de cada mês. São dirigidas ao público não especialista mas curioso do conhecimento científico.

Venha connosco e fascine-se nas Ciências!  A palestra terá videodifusão ao vivo no site da FCCN: http://live.fccn.pt/ulisboa/fcul/noitesdeciencias/

Os participantes têm estacionamento gratuito no parque da FCUL a partir das 19:45 (toque à campainha). A actividade inicia-se às 20:00 e tem duas componentes:

1) 20:00 – 21:30 Há várias actividades para ver e participar:

—  do Departamento de Química da FCUL estarão disponíveis experiências apresentadas pela Profª Teresa Pamplona:

  • De onde vem a luz dos pirilampos?”  Experiência simples para mostrar como uma reacção química origina a emissão de uma linda luz azul.
  • Produção de uma espuma“.  Química é fazer experiências que transbordem dos copos….venha experimentar e falar de tantas espumas que estão no nosso dia a dia.

2) Às 21:30 (no anfiteatro 3.2.14 do edifício C3):

—  Breve Apontamento sobre “O Prémio Nobel da Química 2015“, pela Profª Margarida Gama Carvalho, do Dep. de Química e Bioquímica

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“A molécula de DNA, repositório da informação biológica de todos os organismos, é alvo de permanentes “agressões” químicas e físicas que causam danos severos e que, sem controlo, levariam rapidamente à morte. A verdadeira dimensão deste “ataque” – perpetrado diariamente, por exemplo, pela radiação UV – passa-nos despercebida graças à ação contínua de máquinas moleculares capazes de reparar ou limitar a extensão dos estragos. 
O Prémio Nobel da Química de 2015 celebra os trabalhos pioneiros que levaram à compreensão detalhada destes mecanismos de reparação, com um profundo impacto na nossa compreensão do seu papel no aparecimento e tratamento de doenças como o cancro.”

—  Palestra “No Princípio era a Luz…

pelo Prof. António J. da Silva do Dep. de Física a FCUL e Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço.

“Como era o Universo no “princípio”? Terá o Universo tido uma “origem”? E a Luz, de que forma está relacionada com a noção de origem e composição das “coisas” que observamos no Universo actual? Estas são questões enigmáticas que desde sempre desafiaram o pensamento humano. Na ciência elas ocupam um papel central no objecto de estudo da Cosmologia e da Física Fundamental. As mais avançadas observações cosmológicas indicam que o Universo tem vindo a expandir-se e a arrefecer… sendo assim deve ter sido muitíssimo mais “pequeno” e “quente” num passado longínquo.

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É este raciocínio simples que serve de base à teoria do Big-Bang, que permite descrever a evolução do Universo a partir de um estado ultra denso e quente onde a luz (mais exactamente a radiação electromagnética) e a matéria se encontravam aprisionadas num plasma primordial. À medida que o Universo se expandiu o plasma foi-se convertendo em matéria (neutra) e a radiação passou a poder propagar-se livremente pelo espaço.

Um dos maiores sucessos da teoria do Big-Bang é o de justamente prever a que esta “luz fóssil” primordial está presente, por toda a parte no Universo, sob a forma de um fundo de radiação cósmica de muito baixa temperatura (Cosmic Microwave Background Radiation – CMB). A sua descoberta e sucessivas observações, levadas a cabo por um conjunto de telescópios e satélites espaciais dedicados, têm permitido estudar detalhadamente a mais antiga radiação do Universo.

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Nesta palestra faremos uma viagem aos primórdios do Universo, para nos centrarmos nas propriedades conhecidas do CMB, e debater as principais ideias sobre a origem e evolução do Universo que resultam do decifrar de informação preciosa que se encontra codificada nesta “luz” primordial.