Todos os planetas visíveis a olho nu podem ser observados no céu noturno de dezembro de 2018

Mercúrio será visível ao amanhecer na constelação de Sagitário, movendo-se para a constelação de Ofiúco. Encontra-se na direção Sudeste.  A sua magnitude no inicio do mês varia de 2,9 a -0,6. Consulte aqui toda a informação sobre a “Observação de Mercúrio” e sobre a “Visibilidade de Mercúrio em 2018”.

Vénus será visível ao amanhecer na constelação de Balança, e depois move-se para a constelação de Escorpião, por fim move-se para a constelação de Ofiúco. Encontra-se na direção Sudeste. A sua magnitude no inicio do mês varia de -4,5 a -4,6.

Marte será visível durante a noite na constelação de Virgem, e depois move-se para a constelação de Balança, a sua tonalidade avermelhada auxiliará a sua identificação. No dia 14, Marte estará a 4°N da Lua pelas 23 horas. Encontra-se na direção Sul. A sua magnitude ao longo do mês varia de -0,1 a -0,4.

Júpiter será visível ao amanhecer a partir do dia 4 na constelação de Balança. Encontra-se na direção Sudeste. A sua magnitude ao longo do mês varia de -1,7 a -1,8.

Saturno será visível ao anoitecer na constelação de Sagitário. Encontra-se na direção Sudoeste. A sua magnitude ao longo do mês é de 0,5.

 

Fig. 1 – Céu visível às 18:30 horas do dia 1 de dezembro em Lisboa mostrando os planetas Marte e Saturno.

Fig. 2 – Céu visível às 6:30 horas do dia 15 de dezembro em Lisboa mostrando os planetas Mercúrio, Vénus e Júpiter.

Tabela do nascimento, passagem meridiana e ocaso dos planetas.

Urano e Neptuno também visíveis no céu noturno de dezembro

Urano, estará visível na constelação de Peixes e Neptuno estará visível na constelação de Aquário, onde permanecerá durante todo o resto do ano. Os planetas Urano e Neptuno terão de ser observados com telescópio, já que nunca são visíveis à vista desarmada.

Para obter mais informação sobre a “Visibilidade dos Planetas” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2018/ Visibilidade dos Planetas em 2018 e consulte também a tabela Nascimento, Passagem Meridiana e Ocaso dos planetas (Lisboa).

A chuva de meteoros das Gemínidas e das Úrsidas em dezembro.

Este mês a Terra cruza a órbita do Asteroide Faetonte e são os “detritos” deixados por este asteroide os responsáveis pelo enxame de meteoros que decorre anualmente entre 4 e 17 de dezembro: o enxame das Gemínidas. O nome deste enxame resulta dos traços das suas estrelas cadentes nos parecerem sair dum ponto da constelação dos Gémeos (o radiante).
Os apaixonados por este tipo de fenómenos, e os curiosos em geral, poderão nas próximas noites perder algumas horas de sono para apreciar este belo espetáculo. Para as observar aconselhamos evitar noites nubladas, a poluição luminosa das grandes cidades e procurar um horizonte desimpedido.

A observação do pico das Gemínidas ocorre no dia 14 pelas 12h30, com o número bastante elevado de 120 meteoros por hora. Não será possível observar o seu pico porque ocorre durante o dia.

A Terra também cruza a órbita do Cometa Tuttle e são os seus restos responsáveis pela chuva de meteoros das Úrsidas, que decorre anualmente entre 17 e 26 de dezembro. As previsões mostram que o dia 22 de dezembro, é o pico de intensidade máxima desta chuva. O número de estrelas cadentes observado não é muito elevado, apenas de 10 meteoros por hora. O nome deste enxame resulta dos traços das suas estrelas cadentes nos parecerem sair dum ponto da constelação da Ursa Menor (o radiante). O radiante das Úrsidas é circumpolar na maioria dos locais do hemisfério norte, como é o caso em Portugal. A lua estará em fase de Lua Cheia, dificultando as condições de observação.

Fig. 3 – (figura do IMO) mostra o radiante da chuva de meteoros das Gemínidas.

Tabela com a informação sobre as chuvas de meteoros das Gemínidas e das Úrsidas

 

Para obter mais informação sobre “Enxames de meteoróides”, e também um a pequena informação sobre a história deste enxame, consulte no nosso site a página Enxames de Meteoroides.

Fases da Lua em dezembro

Como é bem conhecido, as fases da lua são determinadas pelas posições relativas do sistema sol-lua-terra. À medida que a Lua se move à volta da Terra, ambos os astros progridem à volta do sol, ocorrendo todos os meses Lua Cheia quando há um alinhamento do tipo Sol–Terra–Lua. A Lua Nova ocorre quando há um alinhamento do tipo Sol–Lua–Terra e nas posições intermédias ocorrem o Quarto Crescente e Quarto Minguante. O período que a Lua demora para passar pela mesma fase é de 29,5 dias, conhecido como mês sinódico (ou uma lunação).

Fases_da_lua

Fig. 4 – A órbita lunar com excentricidade aproximada, para mostrar o conceito.

Para obter mais informação sobre as “Fases da Lua” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2018/ Fases da Lua e consulte também a tabela Nascimento, e Ocaso da Lua (Lisboa)

A órbita lunar em dezembro

A órbita da Lua é aproximadamente uma elipse de excentricidade média 5,5%. A lua demora 27,3 dias a completar a translação (um mês lunar). A órbita elíptica faz com que a Lua ora esteja mais perto, ora mais longe da Terra. O ponto orbital mais próximo da Terra é denominado Perigeu e o ponto mais afastado chama-se Apogeu. A distância média Terra-Lua é <dTL>= 384.400 km. A tabela abaixo indica os instantes do apogeu e perigeu lunar com a distância da Terra à Lua em unidades de RT (Raio Terrestre).

Apogeu

Fig. 5 – A órbita lunar com excentricidade muito exagerada, para mostrar o conceito.

Tabela com a informação sobre o Apogeu e Perigeu lunar