Cometa visível quase à vista desarmada em janeiro de 2016

O cometa C/2013 US10 (Catalina) está visível este mês. Atualmente, a sua magnitude é de 4,89 variando para 5,98 até ao final do mês, sendo portanto quase visível à vista desarmada (com alguma dificuldade) e mais facilmente observável com binóculos. É um cometa da nuvem de Oort descoberto em 31 de outubro de 2013 pelo Catalina Sky Survey. O cometa aparecerá no horizonte nordeste de madrugada pelas 3 horas na constelação do Boieiro, deslocando-se no final do mês para a constelação da Girafa perto da constelação da ursa menor, onde será visível cada vez mais cedo ao crepúsculo vespertino.

cometa_novo

Fig. 1 – Céu visível às 3 horas do dia 6/1/2016 em Lisboa mostrando o cometa C/2013 US10 (Catalina).

Todos os planetas visíveis a olho nu podem ser observados no céu noturno de janeiro

Mercúrio será visível ao crepúsculo vespertino até ao dia 11 de janeiro na constelação de Sagitário na direção Oeste. E depois será visível ao crepúsculo matutino
após o dia 17 de janeiro ainda na constelação de Sagitário na direção Este. A sua magnitude ao longo do mês varia de -0,4 a 0,1.

Consulte aqui toda a informação sobre a “Observação de Mercúrio” e sobre a “Visibilidade de Mercúrio em 2016”.

Vénus será visível de madrugada na constelação de Ofíuco, na direção Sudeste. A sua magnitude ao longo do mês varia de -3,9 a -3,8.

Marte será visível a partir das duas da madrugada na constelação de Virgem e depois move-se para a constelação de Balança, na direção Sudeste. A sua magnitude ao longo do mês varia de 1,3 a 0,8.

Júpiter será visível durante a noite e a madrugada na constelação de Leão, na direção Este. A sua magnitude ao longo do mês varia de -2,2 a -2,4.

Saturno será visível ao amanhecer na constelação de Ofiúco. A sua magnitude ao longo do mês é de 0,5.

ceu_not_4_1_3h_novo

Fig. 2 – Céu visível às 3 horas do dia 4 de janeiro em Lisboa mostrando os planetas Marte, Júpiter, o cometa C/2013 US10 (Catalina).

ceu_not_15_1_6h_novo

Fig. 3 – Céu visível às 6 horas do dia 15 de janeiro em Lisboa mostrando os planetas Vénus, Marte, Júpiter, Saturno e o cometa C/2013 US10 (Catalina).

Tabela do nascimento, passagem meridiana e ocaso dos planetas.

tab_mervenmar_novo

tab_jupsat_novo

Urano e Neptuno também visíveis no céu noturno de janeiro

tab_uranep_novo

Urano, estará visível na constelação de Peixes e Neptuno estará visível na constelação de Aquário, onde permanecerá durante todo o resto do ano.

Os planetas Urano e Neptuno terão de ser observados com telescópio, já que nunca são visíveis à vista desarmada.

Para obter mais informação sobre a “Visibilidade dos Planetas” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2016/ Visibilidade dos Planetas em 2016 e consulte também a tabela Nascimento, Passagem Meridiana e Ocaso dos planetas (Lisboa).

A chuva de meteoros das Quadrântidas em janeiro

O pico da chuva de meteoros das Quadrântidas, ocorre aproximadamente às 8 horas do dia 4 de janeiro, assim a melhor altura será observá-la antes pela madrugada, a lua cria condições favoráveis, pois o instante de Quarto Minguante ocorre a 2 de janeiro pelas 5:30 horas.
O radiante da chuva é próxima da Ursa Maior, entre as constelações do Dragão e do Boieiro, numa zona onde no passado se encontrava uma constelação já extinta: Quadrante Mural, “Quadrans Muralis” , criada em 1795 pelo astrónomo Jérôme Lalande e assim designada em honra do Quarto de Círculo de Tycho Brahe. Essa constelação foi posteriormente abandonada pela União astronómica Internacional, e faz hoje parte da constelação do Boieiro.
As Quadrântidas são umas das melhores chuvas de meteoros no hemisfério norte (atividade máxima de 120 meteros (pode variar entre ±60 – 200 meteoros por hora) na THZ (Taxa Horária Zenital)), mas são pouco conhecidas em razão da sua atividade ser muito curta, com uma duração de visibilidade de 28 de dezembro a 12 de janeiro. Ver tabela abaixo.

fig_enx

Fig. 4 – O radiante da chuva de meteoros das Quadrântidas está próximo da Ursa Maior, entre as constelações do Dragão e do Boieiro (figura do IMO).

tab_enx

Para obter mais informação sobre “Enxames de meteoróides”, e também um a pequena informação sobre a história deste enxame, consulte no nosso site a página Enxames de Meteoroides.

Fases da Lua em janeiro

tab_faseslua

Como é bem conhecido, as fases da lua são determinadas pelas posições relativas do sistema sol-lua-terra. À medida que a Lua se move à volta da Terra, ambos os astros progridem à volta do sol, ocorrendo todos os meses Lua Cheia quando há um alinhamento do tipo Sol–Terra–Lua. A Lua Nova ocorre quando há um alinhamento do tipo Sol–Lua–Terra e nas posições intermédias ocorrem o Quarto Crescente e Quarto Minguante. O período que a Lua demora para passar pela mesma fase é de 29,5 dias, conhecido como mês sinódico (ou uma lunação).

Fases_da_lua

Fig. 5 – A órbita lunar com excentricidade aproximada, para mostrar o conceito.

Para obter mais informação sobre as “Fases da Lua” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2016/ Fases da Lua e consulte também a tabela Nascimento, e Ocaso da Lua (Lisboa)

A órbita lunar em janeiro

A órbita da Lua é aproximadamente uma elipse de excentricidade média 5,5%. A lua demora 27,3 dias a completar a translação (um mês lunar). A órbita elíptica faz com que a Lua ora esteja mais perto, ora mais longe da Terra. O ponto orbital mais próximo da Terra é denominado Perigeu e o ponto mais afastado chama-se Apogeu. A distância média Terra-Lua é <dTL>= 384.400 km. A tabela abaixo indica os instantes do apogeu e perigeu lunar com a distância da Terra à Lua em unidades de RT (Raio Terrestre).

Apogeu

Fig. 6 – A órbita lunar com excentricidade muito exagerada, para mostrar o conceito.

Tabela com a informação sobre o Apogeu e Perigeu lunar

tab_perapoPara obter mais informação sobre o apogeu e perigeu lunar consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2016/ Apogeu e Perigeu lunar.