O céu noturno em abril de 2015
Apenas Mercúrio, Vénus, Júpiter e Saturno dos planetas visíveis a olho nu podem ser observáveis no céu noturno de abril
Mercúrio será visível de tarde, por altura do final do crepúsculo civil, a partir de meados de abril, sendo mais brilhante no início deste período. Encontra-se na direção Oeste.
Vénus aparecerá muito brilhante e será visível como estrela da tarde, e poderá ser facilmente identificado pelo seu grande brilho. Encontra-se na direção Noroeste.
Júpiter pode ser visto, na constelação de Caranguejo, durante grande parte da noite.
Saturno, nasce por volta da meia-noite no início de abril e aos poucos nasce cada vez mais cedo até finais de abril. Encontra-se na constelação de Balança na direção Sudeste.
A tabela abaixo mostra as horas de visibilidade destes planetas.
Tabela com o nascimento, passagem meridiana e ocaso destes planetas visíveis a olho nu
Neptuno visível no céu noturno
Neptuno estará visível durante a madrugada na constelação de Aquário onde permanecerá durante todo o resto do ano. Terá de ser observado com telescópio.
Tabela com o nascimento, passagem meridiana e ocaso do planeta Neptuno
Para obter mais informação sobre a “Visibilidade dos Planetas” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2015/ Visibilidade dos Planetas em 2015 e consulte também a tabela Nascimento, Passagem Meridiana e Ocaso dos planetas (Lisboa).
A chuva de meteoros das Líridas e η Aquáridas
A partir de meados de abril tem inicio as Líridas, umas das chuvas de meteoros de menor intensidade. Têm uma duração de visibilidade de apenas 10 dias (entre 16 a 25 de abril), com a atividade máxima de apenas 18 meteoros na THZ (Taxa Horária Zenital). O pico desta chuva de meteoros ocorre às 01:00 horas do dia 23 de abril. Como esta constelação só começa a nascer depois da meia-noite, a nordeste, as observações deverão iniciar-se na 2ª metade da noite. As Líridas são conhecidas desde os tempos antigos pois aparecem nos registos chineses de 687 a.C. onde os cronistas relataram que “as estrelas caem como chuva”.
As Líridas estão associadas aos restos de poeira deixados pela passagem do cometa Tatcher. Quando estas partículas entram na nossa atmosfera provocam um fenómeno de “chuva de meteoros” ou “estrelas cadentes”. O nome desta chuva de meteoros resulta dos traços das suas estrelas cadentes nos parecerem sair dum ponto da constelação da Lira.
Fig. 1 – A deslocação da posição do radiante das Líridas entre 15 a 25 de abril.
Também a partir de meados de abril a Terra cruza a órbita do cometa Halley e são os restos deste cometa os responsáveis pela chuva de meteoros das η Aquáridas. A sua atividade decorre entre 19 de abril e 28 de maio. Será muito difícil observar as η Aquáridas, pois a constelação só começa a nascer depois das seis horas da manhã a sudeste, já próxima do crepúsculo civil. O radiante desta chuva de meteoros encontra-se na constelação do Aquário.
Ver tabela abaixo.
Fig. 2 – Céu visível às 05:30 horas do dia 22/04/2015 em Lisboa mostrando o radiante das Líridas e η Aquáridas.
Tabela com a informação sobre as chuvas de meteoros das Líridas e η Aquáridas
Para obter mais informação sobre “Enxames de meteoróides”, e também um a pequena informação sobre a história deste enxame, consulte no nosso site a página Enxames de Meteoroides.
Fases da Lua
Como é bem conhecido, as fases da lua são determinadas pelas posições relativas do sistema sol-lua-terra. À medida que a Lua se move à volta da Terra, ambos os astros progridem à volta do sol, ocorrendo todos os meses Lua Cheia quando há um alinhamento do tipo Sol–Terra–Lua. A Lua Nova ocorre quando há um alinhamento do tipo Sol–Lua–Terra e nas posições intermédias ocorrem o Quarto Crescente e Quarto Minguante. O período que a Lua demora para passar pela mesma fase é de 29,5 dias, conhecido como mês sinódico (ou uma lunação).
Fig. 3 -A órbita lunar com excentricidade aproximada, para mostrar o conceito.
Para obter mais informação sobre as “Fases da Lua” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2014/ Fases da Lua e consulte também a tabela Nascimento, e Ocaso da Lua (Lisboa)
A órbita lunar
A órbita da Lua é aproximadamente uma elipse de excentricidade média 5,5%. A lua demora 27,3 dias a completar a translação (um mês lunar). A órbita elíptica faz com que a Lua ora esteja mais perto, ora mais longe da Terra. O ponto orbital mais próximo da Terra é denominado Perigeu e o ponto mais afastado chama-se Apogeu. A distância média Terra-Lua é <dTL>= 384.400 km. A tabela abaixo indica os instantes do apogeu e perigeu lunar com a distância da Terra à Lua em unidades de RT (Raio Terrestre).
Fig. 4 -A órbita lunar com excentricidade muito exagerada, para mostrar o conceito.
Tabela com a informação sobre o Apogeu e Perigeu lunar
Para obter mais informação sobre o apogeu e perigeu lunar consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2014/ Apogeu e Perigeu lunar.
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