Cometa visível quase à vista desarmada em dezembro de 2015

O cometa C/2013 US10 (Catalina) está visível este mês. Atualmente, a sua magnitude é de 4.84, sendo portanto quase visível à vista desarmada, com alguma dificuldade, e mais facilmente observável com binóculos. É um cometa da nuvem de Oort descoberto em 31 de outubro de 2013 pelo Catalina Sky Survey. O cometa aparecerá no horizonte sudeste de madrugada pelas 5 horas na constelação da Virgem, deslocando-se no final do mês para a constelação do Boieiro, onde será visível cada vez mais cedo a partir das 2 horas.

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Fig. 1 – Céu visível às 5 horas do dia 15/12/2015 em Lisboa mostrando o cometa C/2013 US10 (Catalina).

Quase todos os planetas visíveis a olho nu podem ser observados no céu noturno de dezembro

Mercúrio será visível ao crepúsculo vespertino a partir do dia 5 de dezembro na constelação de Sagitário na direção Oeste. Consulte aqui toda a informação sobre a “Observação de Mercúrio”.

Vénus será visível de madrugada na constelação de Virgem e depois move-se para a constelação de Balança, na direção Sudeste.

Marte será visível a partir das duas da madrugada na constelação de Virgem, na direção Sudeste.

Júpiter será visível durante a noite na constelação de Leão, na direção Este.

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Fig. 2 – Céu visível às 6horas do dia 15 de dezembro em Lisboa mostrando os planetas Vénus, Marte, Júpiter e o cometa C/2013 US10 (Catalina).

Tabela do nascimento, passagem meridiana e ocaso dos planetas.

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Urano e Neptuno também visíveis no céu noturno de dezembro

Urano, estará visível na constelação de Peixes e Neptuno estará visível na constelação de Aquário, onde permanecerá durante todo o resto do ano.

Os planetas Urano e Neptuno terão de ser observados com telescópio, já que nunca são visíveis à vista desarmada.

tab_uran_nepPara obter mais informação sobre a “Visibilidade dos Planetas” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2015/ Visibilidade dos Planetas em 2015 e consulte também a tabela Nascimento, Passagem Meridiana e Ocaso dos planetas (Lisboa).

 

A chuva de meteoros das Táuridas do Norte, das Gemínidas e das Úrsidas.

Este mês a Terra cruza a órbita do Asteroide Faetonte e são os “detritos” deixados por este asteroide os responsáveis pelo enxame de meteoros que decorre anualmente entre 4 e 17 de dezembro: o enxame das Gemínidas. O nome deste enxame resulta dos traços das suas estrelas cadentes nos parecerem sair dum ponto da constelação dos Gémeos (o radiante).
Os apaixonados por este tipo de fenómenos, e os curiosos em geral, poderão nas próximas noites perder algumas horas de sono para apreciar este belo espetáculo. Para as observar aconselhamos evitar noites nubladas, a poluição luminosa das grandes cidades e procurar um horizonte desimpedido.

Ainda teremos a continuação da atividade da chuva de meteoros das Táuridas do Norte que termina a 10 de dezembro. A sua atividade máxima no mês passado foi de apenas 5 meteoros / hora e são meteoros muito lentos. Contudo é frequente o aparecimento de bólides (bolas de fogo) nesta chuva de meteoros.

A observação do pico das Gemínidas ocorre no dia 14 pelas 18 horas, com o número bastante elevado de 120 meteoros por hora. Como 3 dias antes, a lua esteve em fase de Lua Nova, o espetáculo promete cativar até ao nascer do Sol. Só nos resta esperar boas condições meteorológicas.

A Terra também cruza a órbita do Cometa Tuttle e são os seus restos responsáveis pela chuva de meteoros das Úrsidas, que decorre anualmente entre 17 e 26 de dezembro. As previsões mostram que a madrugada de 23 de dezembro, é o pico de intensidade máxima desta chuva, que tem início por volta das 2h 30min. O número de estrelas cadentes observado não é muito elevado, apenas de 10 meteoros por hora. O nome deste enxame resulta dos traços das suas estrelas cadentes nos parecerem sair dum ponto da constelação da Ursa Menor (o radiante). O radiante das Úrsidas é circumpolar na maioria dos locais do hemisfério norte, como é o caso em Portugal. A lua estará muito próxima da fase de Lua Cheia, dificultando as condições de observação.

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Fig. 3 – (figura do IMO) mostra o radiante da chuva de meteoros das Gemínidas (em Gémeos).

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Para obter mais informação sobre “Enxames de meteoróides”, e também um a pequena informação sobre a história deste enxame, consulte no nosso site a página Enxames de Meteoroides.

Fases da Lua em dezembro

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Como é bem conhecido, as fases da lua são determinadas pelas posições relativas do sistema sol-lua-terra. À medida que a Lua se move à volta da Terra, ambos os astros progridem à volta do sol, ocorrendo todos os meses Lua Cheia quando há um alinhamento do tipo Sol–Terra–Lua. A Lua Nova ocorre quando há um alinhamento do tipo Sol–Lua–Terra e nas posições intermédias ocorrem o Quarto Crescente e Quarto Minguante. O período que a Lua demora para passar pela mesma fase é de 29,5 dias, conhecido como mês sinódico (ou uma lunação).

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Fig. 4 -A órbita lunar com excentricidade aproximada, para mostrar o conceito.

Para obter mais informação sobre as “Fases da Lua” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2015/ Fases da Lua e consulte também a tabela Nascimento, e Ocaso da Lua (Lisboa)

A órbita lunar em dezembro

A órbita da Lua é aproximadamente uma elipse de excentricidade média 5,5%. A lua demora 27,3 dias a completar a translação (um mês lunar). A órbita elíptica faz com que a Lua ora esteja mais perto, ora mais longe da Terra. O ponto orbital mais próximo da Terra é denominado Perigeu e o ponto mais afastado chama-se Apogeu. A distância média Terra-Lua é <dTL>= 384.400 km. A tabela abaixo indica os instantes do apogeu e perigeu lunar com a distância da Terra à Lua em unidades de RT (Raio Terrestre).

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Fig. 5 -A órbita lunar com excentricidade muito exagerada, para mostrar o conceito.

Tabela com a informação sobre o Apogeu e Perigeu lunar

tab_apo_perPara obter mais informação sobre o apogeu e perigeu lunar consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2015/ Apogeu e Perigeu lunar.