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A foto é da nebulosa do Caranguejo, remanescente duma Supernova do tipo II a 2 kpc de distância, na constelação do Touro. Foi registada pelos chineses no ano 1054 pois durante 3 semanas foi visível de dia. Com a designação M1 no catálogo de Charles Messier (1758), no centro está uma estrela de neutrões com quase 30 km de diâmetro e uma rotação de 30,2 voltas/segundo: um pulsar. Clique aqui para identificar o pulsar. A envolver a estrela de neutrões encontra-se um disco central quente (mais esbranquiçado nesta imagem) rico em hidrogénio, hélio ionizados e electrões acelerados que emitem radiação de sincrotrão. A nebulosa de emissão composta pelo gás explodido pela supernova, que contém essencialmente H, He, C, N, O, Ni e Fe, expande-se a 1500 km/s e os filamentos de tez mais avermelhada atingem uma temperatura de 18.000 K. A envolvente externa dum tom azulado, aqui muito ténue, é-o por reflexão da luz no gás e poeira em expansão. É uma das fontes com forte emissão em raios X e γ.

A imagem foi obtida com um dos nossos telescópios (Ritchey-Chrétien de 10” com uma Canon EOS 60Da) no Centro Ciência Viva do Lousal: é a combinação de 9 imagens com 35 s de pose cada uma, trabalhadas com software adequado. Apesar de ter sido fotografada ainda baixo no céu (diminui a nitidez), facilmente observam-se alguns detalhes na M1. Esta nebulosa consegue ser vista numa noite escura, espreitando por este telescópio.