Perseidas1994_Alemanha

Perseidas observadas em 1994 em Krampçer (Alemanha). As magnitudes variam de -1 a 3 e este campo de visão está a 90° do ponto radiante, na constelação de Perseus, e daí o trajeto paralelo destes meteoros (fonte: IMO)

Foi o astrónomo italiano Giovanni Schiaparelli que em 1866 relacionou o cometa Swift-Tuttle com a chuva de estrelas cadentes que ocorre em agosto de cada ano.

Devem ser observados cerca de 110 meteoros/hora mas isso requere um céu escuro. A observação nas cidades é mais limitada devido à falta de um vasto horizonte, do céu ser mais brilhante que a maior parte dos rastos luminosos deixados e, além disso, a Lua estará dois dias depois do Quarto Crescente pondo já alguma luz no céu noturno, mas de uma forma bela posicionar-se-á (quase) entre Marte e Saturno.

perseidas2016ago11_IMO

As medições correntes feitas pela International Meteor Organization (http://imo.net) mostram que por estes dias já se observam mais de 35 meteoros/hora.

O Observatório Astronómico de Lisboa vai fazer uma noite de observação desta chuva de meteoros no Centro Ciência Viva do Lousal, perto de Grândola, integrada nas actividades da Astronomia de Verão. Aqui usufrui-se do céu escuro alentejano e um bom horizonte, o luar será o mesmo mas não se esperam as nuvens de cinzas associadas aos fogos florestais que têm grassado pelo país (muito infelizmente) que diminuem as observações devido à sua opacidade e à coloração avermelhada que conferem aos astros. Além disso, no CCV do Lousal  iremos fazer outras observações astronómicas com os telescópios. Apareça pois será uma óptima experiência. Mas se não puder… boas observações.

Em 2012 Thomas O’Brien tirou fotografias das Perseidas no topo do Monte Evans, no Colorado, com a cidade de Denver ao fundo e a Lua nascente como um ponto brilhante ao fundo. Ficou espetacular o efeito.

2012 Perseid Meteor shower moonrise from the summit of the 14,000 foot Mt Evans.

Perseidas em 2012 com a Lua nascente, do topo do Monte Evans (4,2 km) no Colorado. Crédito: Thomas O’Brien

Com alguma sorte poderão ver-se bólides a passar, que são meteoros de baixa velocidade e de massa maior, que lhes permite tornarem-se mais luminosos e fáceis de ver. Como exemplo estão os vídeos de Rui Gonçalves que tem 3 câmaras automáticas que detectam estes fenómenos.