Todos os planetas visíveis a olho nu podem ser observados no céu noturno de julho de 2019

Mercúrio será visível ao anoitecer até dia 10, e depois será visível ao amanhecer a partir do dia 28 na constelação de Gémeos. Encontra-se na direção Noroeste ao anoitecer e na direção Nordeste ao amanhecer.   A sua magnitude no inicio do mês varia de 0,8 a 1,0. Consulte aqui toda a informação sobre a “Observação de Mercúrio” e sobre a “Visibilidade de Mercúrio em 2019”.

Vénus será visível ao amanhecer até dia 20 na constelação de Touro, movendo-se para a constelação de Gémeos. Encontra-se na direção Nordeste.  A sua magnitude no inicio do mês é de -3,7.

Marte será visível ao anoitecer na constelação de Caranguejo, movendo-se para a constelação de Leão, a sua tonalidade avermelhada auxiliará a sua identificação. Encontra-se na direção Noroeste. A sua magnitude ao longo do mês é de 1,8.

Júpiter será visível durante a noite na constelação de Ofíuco.  No dia 13, Júpiter estará a 2°S da Lua pelas 21 horas.Encontra-se na direção Sudeste. A sua magnitude ao longo do mês é de -2,6.

Saturno será visível durante a noite na constelação de Sagitário. Encontra-se na direção Sudeste. A sua magnitude ao longo do mês é de 0,1.

 

Fig. 1 – Céu visível às 23:00 horas do dia 1 de julho em Lisboa mostrando os planetas Júpiter e Saturno.

Fig. 2 – Céu visível às 05:50 horas do dia 15 de julho em Lisboa mostrando o planetas Vénus.

Tabela do nascimento, passagem meridiana e ocaso dos planetas.

Urano e Neptuno também visíveis no céu noturno de julho

Urano, estará visível na constelação de Peixes e Neptuno estará visível na constelação de Aquário, onde permanecerá durante todo o resto do ano. Os planetas Urano e Neptuno terão de ser observados com telescópio, já que nunca são visíveis à vista desarmada.

Para obter mais informação sobre a “Visibilidade dos Planetas” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2019/ Visibilidade dos Planetas em 2019 e consulte também a tabela Nascimento, Passagem Meridiana e Ocaso dos planetas (Lisboa).

A chuva de meteoros Ariétidas, ζ Perseidas, β Táuridas e δ Aquáridas em julho

Nesta altura ocorrem 3 chuvas de meteoros diurnas: as Ariétidas, as ζ Perseidas e as β Táuridas. Tanto a constelação de Carneiro, como as de Perseu e do Touro encontram-se próximas do Sol, e isso faz com que estas chuvas de meteoros sejam difíceis de se ver a olho nu. Alguns dos primeiros meteoros são visíveis no momento das primeiras horas da manhã, geralmente uma hora antes do amanhecer. Ver tabela mais abaixo para obter informações sobre os períodos de visibilidade e as datas de máxima atividade para cada uma destas chuvas de meteoros.

A chuva de meteoros nocturna das δ Aquáridas ocorre entre 12 de julho e 23 de agosto, e a atividade máxima de intensidade desta chuva de meteoros será no dia de 30 de julho. Como esta constelação só começa a nascer depois da meia-noite a sudeste, as observações deverão iniciar-se na 2ª metade da noite. O nome desta chuva de meteoros resulta dos traços das suas estrelas cadentes nos parecerem sair dum ponto da constelação do Aquário (o radiante).

Também neste mês de julho inicia a famosa chuva de meteoros nocturna das Perseidas que ocorre entre 17 de julho e 24 de agosto.

Em 2006, a IMO (International Meteor Organization) decidiu definir uma série de chuvas de meteoros conhecidas sob a designação ANT (The Antihelion Source). O ANT é uma grande área, aproximadamente oval, com extensão de 30◦ em ascensão reta e 15◦ em declinação, centrado num ponto cerca de 12◦ a leste do ponto da oposição solar sobre a eclíptica, daí o seu nome. Não é uma verdadeira chuva de meteoros (e portanto não tem um número oficial de chuva de meteoros do IAU), mas é sim uma região do céu em que um número variável, embora baixo, de chuva de meteoros secundários ativos têm os seus radiantes

 

Fig. 3 (do IMO) mostra os radiantes entre maio a julho, o radiante do ANT em junho encontra-se na constelação de Sagitário.

Tabela com a informação sobre as chuvas de meteoros das Ariétidas, ζ Perseidas, β Táuridas, δ Aquáridas e Perseidas

Para obter mais informação sobre “Enxames de meteoróides”, e também um a pequena informação sobre a história deste enxame, consulte no nosso site a página Enxames de Meteoroides.

Fases da Lua em julho

Como é bem conhecido, as fases da lua são determinadas pelas posições relativas do sistema sol-lua-terra. À medida que a Lua se move à volta da Terra, ambos os astros progridem à volta do sol, ocorrendo todos os meses Lua Cheia quando há um alinhamento do tipo Sol–Terra–Lua. A Lua Nova ocorre quando há um alinhamento do tipo Sol–Lua–Terra e nas posições intermédias ocorrem o Quarto Crescente e Quarto Minguante. O período que a Lua demora para passar pela mesma fase é de 29,5 dias, conhecido como mês sinódico (ou uma lunação).

Fases_da_lua

Fig. 4 – A órbita lunar com excentricidade aproximada, para mostrar o conceito.

Para obter mais informação sobre as “Fases da Lua” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2019/ Fases da Lua e consulte também a tabela Nascimento, e Ocaso da Lua (Lisboa)

A órbita lunar em julho

A órbita da Lua é aproximadamente uma elipse de excentricidade média 5,5%. A lua demora 27,3 dias a completar a translação (um mês lunar). A órbita elíptica faz com que a Lua ora esteja mais perto, ora mais longe da Terra. O ponto orbital mais próximo da Terra é denominado Perigeu e o ponto mais afastado chama-se Apogeu. A distância média Terra-Lua é <dTL>= 384.400 km. A tabela abaixo indica os instantes do apogeu e perigeu lunar com a distância da Terra à Lua em unidades de RT (Raio Terrestre).

Apogeu

Fig. 5 – A órbita lunar com excentricidade muito exagerada, para mostrar o conceito.

Tabela com a informação sobre o Apogeu e Perigeu lunar