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O cometa 109P/Swift-Tuttle, fotografado na sua última passagem em 1992 (crédito: Gerald Rhemann)

O cometa Swift-Tuttle é periódico, passa no periélio a cada 133,28 anos e a sua próxima passagem será em agosto de 2126. Foi observado independentemente pelos astrónomos americanos Lewis Swift e Horace Parnell Tuttle em julho de 1862. Contudo em 1737 o missionário jesuíta na China Ignatius Kegler viu este cometa, mas quem o identificou com sendo também o Swift-Tuttle foi o astrónomo americano Brian Marsden (do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics), em 1973. Mas foi o astrónomo italiano Giovanni Schiaparelli que em 1866 o relacionou com a chuva de estrelas cadentes que ocorre em agosto de cada ano.

É um cometa muito grande pois o seu núcleo está estimado em 26 km de diâmetro. A libertação de poeiras e pequenas partículas associada à sublimação do gelo no núcleo cometário deixa um rasto no espaço. Como a órbita deste cometa passa na zona da órbita terrestre, todos os anos a Terra embate nestas partículas, os meteoróides, que penetram a atmosfera a velocidades médias de 30 km/s, a maior parte desfazendo-se devido ao elevado aquecimento e fragmentação. Mas os rastos luminosos são bem visíveis e designam-se por “meteoros”. Se alguma cair no solo e for apanhada então designa-se por “meteorito”.

Os diagramas das órbitas foram produzidos no sítio da NASA/JPL.

Este ano devem ser observados cerca de 110 meteoros/hora mas isso requere um céu escuro. A observação nas cidades é mais limitativa devido à falta de um vasto horizonte, do céu ser mais brilhante que a maior parte dos rastos luminosos deixados e, além disso, a Lua estará dois dias depois do Quarto Crescente, pondo já alguma luz no céu noturno. Boas observações.

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As medições correntes feitas pela International Meteor Organization (http://imo.net) mostram que por estes dias já se observam mais de 20 meteoros/hora.