Temos duas luas cheias em julho

O fenómeno raro da chamada “lua azul”, ocasião em que a fase de Lua Cheia ocorre duas vezes no mesmo mês, voltará acontecer em finais de julho, três anos após o último acontecimento.

lua2015mai28_RC10FCUL_oalWeb

Apesar do nome, o fenómeno da lua azul não tem qualquer relação com mudanças na cor do satélite. O apelido foi dado em função da raridade com que o ciclo lunar, cuja duração é de 29 dias e meio, ocorre por completo dentro de um único mês, possibilitando a aparição de dois períodos de lua cheia.
Neste mês de julho, o primeiro ciclo da lua cheia ocorreu no dia 02 às 3h20. O fenómeno da lua azul ocorrerá no final do mês de julho dia 31 às 11h43.

luaazulFig. 1 – Para ilustrar o conceito de lua azul

Conta-se que a origem da designação lua azul remonta ao século XVI, quando algumas pessoas que observavam a lua a olho nu achavam que ela era azul. Anos depois, discussões a respeito deste assunto, mostraram que era um absurdo a lua ser azul, o que gerou um novo conceito para lua azul como significado de “nunca”. Com esse significado de algo muito raro, começou-se a dizer que a segunda lua cheia de um mês era uma “lua azul”.

A aparição da segunda lua cheia no mesmo mês é mesmo algo raro. A última ocorrência foi registada em Agosto de 2012. O fenómeno nada mais é do que uma lua cheia no céu.
Apesar de o fenómeno não ter relação com a coloração do satélite, conta-se que há registos na história de que a lua realmente aparentava a cor azul. Foi em 1883, quando houve uma explosão do vulcão Krakatoa, na Indonésia, e os gases em expansão na atmosfera fizeram com que a lua bem próxima do horizonte tivesse a aparência azulada. “Isso foi visto no mundo todo por quase um ano”, disse um astrónomo. As pessoas também viram a lua azul em 1983, após a erupção do vulcão El Chichón no México. E há também relatos de luas azuis causadas pelas erupções dos vulcões do Monte Santa Helena nos Estados Unidos em 1980 e do Monte Pinatubo  nas Filipinas em 1991. Outro episódio ocorreu em 1951, quando um grande incêndio nas florestas do Oeste do Canadá lançou muitas partículas na atmosfera, criando os mesmos efeitos que os vulcões, mas visível apenas na América do Norte.