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No dia 29–Julho há mais uma “Noites de Ciências” na FCUL. As actividades são gratuitas, sem inscrição, sempre na última 6ª feira de cada mês. São dirigidas ao público não especialista mas curioso do conhecimento científico. Venha e fascine-se nas Ciências!

A palestra terá videodifusão ao vivo no site da FCCN:   http://live.fccn.pt/ulisboa/fcul/noitesdeciencias/

Os participantes têm estacionamento gratuito no parque da FCUL a partir das 19:45 (toque à campainha). A actividade inicia-se às 20:00 e tem duas componentes:

1) 21:00 – 23:30  Há Observação Astronómica:

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O estado do tempo permitindo poderemos observar Júpiter, Marte e Saturno,  além doutros astros.

 

 

 

 

2) Às 21:30 (no anfiteatro 3.2.14 do edifício C3):

— Palestra “A Matemática do século XXI” pelo prof. Jorge Buescu do Dep. de Matemática da FCUL.

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Manuscrito de Riemann (1859) sobre o cálculo da quantidade de números primos que existem até ao número natural n. Aqui foi definida a função Zeta de Riemann:  ζ(s) = 1 + 1/2s + 1/3s + 1/4s + … que se relaciona estreitamente com o problema enunciado. Cortesia da State and University Library de Göttingen.

Resumo
O virar de século é uma boa altura para delinear visões para o futuro. Mas, como dizia Niels Bohr, “a previsão é difícil – sobretudo a do futuro”.

Em 1900 David Hilbert formulou os seus célebres 23 problemas, que inspiraram boa parte da Matemática do século XX. No ano 2000 Stephen Smale, inspirado na síntese de Hilbert, formulou a sua própria lista de grandes problemas para o novo século. Ao mesmo tempo, o Clay Institute instituía a sua famosa lista dos Problemas do Milénio – sete problemas matemáticos cuja resolução se reputava de extraordinariamente difícil, valendo cada um deles um prémio de um milhão de dólares.

Em que posição estamos hoje, 16 anos dentro do novo milénio? Meia dúzia dos problemas de Smale já foram resolvidos. Um dos problemas do Milénio também já o foi. Permanece em aberto o único problema comum às listas de Hilbert, Smale e Clay: a Hipótese de Riemann.

Mas, mais importante do que tudo isto: os resultados matemáticos mais importantes da última década não estavam em lista nenhuma. Muito provavelmente, a grande Matemática que se fizer no século XXI seguirá o preceito de Bohr: não está em nenhuma lista que possamos, hoje, conceber. Mas haverá sempre algo a ganhar em possuir uma visão de conjunto.