A actividade mensal das NOAL será realizada no sábado 27–Julho–2013. A sessão terá início com a palestra às 21:30, mas as observações astronómicas decorrerão em contínuo ao longo da noite, até às 24:00.logoNOALtxtTransp_iconWeb

A palestra é subordinada ao tema “O Tempo de Einstein e as Viagens no Espaço-tempo“, proferida pelo Prof. Paulo Crawford (CAAUL).


Atenção:

  1. Apesar de ter acesso livre a actividade requer uma inscrição prévia que se efectua AQUI.
  2. É necessário consultar a página do OAL para mais informações acerca desta actividade.

O Tempo de Einstein e as Viagens no Espaço-tempo

Recentemente foi demonstrada, pela primeira vez com grande rigor, a verdadeira natureza da teoria de Einstein com o auxílio de relógios atómicos extraordinariamente precisos, capazes de manter o tempo com erros inferiores a um segundo num intervalo de 3,7 milhares de milhões de anos (aproximadamente o tempo de existência da vida humana no planeta). Cientistas do National Institute of Standards and Technology em Boulder, Colorado, verificaram que quando analisavam 2 destes relógios separados cerca de 30 cm em altura acima do nível do mar, o tempo corre mais rapidamente no relógio que está mais alto – onde o campo é mais fraco – tal como Einstein tinha previsto. Por outras palavras, onde a gravidade é mais forte os relógios andam mais lentamente. No limite, nas proximidades de um buraco negro o tempo tende a ficar “congelado”!

As grandes interrogações sobre o carácter relativo do tempo e suas consequências físicas tiveram um ponto alto no ano de 1905, considerado o “annus mirabilis” de Albert Einstein, o ano em que publicou 5 artigos que revolucionaram a física, escritos entre Março e Setembro desse ano. No artigo de Junho, “Sobre a Electrodinâmica dos Corpos em Movimento”, Einstein lança as bases dos novos conceitos do espaço e do tempo relativos, que levaram à interligação entre o espaço e o tempo, e exigiram a reformulação da descrição newtoniano do campo gravítico. Na teoria resultante, obtida por Einstein no final de 1915, a Relatividade Geral, o tempo varia em função da intensidade de um campo gravítico e não só em função da velocidade do observador que o mede. As suas consequências podem levar-nos a algumas situações aparentemente paradoxais.