Todos os planetas visíveis a olho nu podem ser observados no céu noturno de janeiro de 2021

Mercúrio será visível ao anoitecer a partir do dia 4 na constelação de Sagitário, movendo-se depois para a constelação de Capricórnio. Encontra-se visível ao na direção Sudeste.  A sua magnitude no inicio do mês varia de 1,1 a 0,4. Consulte aqui toda a informação sobre a “Observação de Mercúrio” e sobre a “Visibilidade de Mercúrio em 2021”.

Vénus será visível ao amanhecer na constelação de Ofiúco, movendo-se para a constelação de Sagitário. Encontra-se na direção Sudeste. A sua magnitude no inicio do mês é de -3,7.

Marte será visível durante a primeira parte da noite na constelação de Peixes, movendo-se para a constelação de Carneiro, a sua tonalidade avermelhada auxiliará a sua identificação. Encontra-se na direção Sul. A sua magnitude ao longo do mês varia de -0,2 a 0,4.

Júpiter será visível ao anoitecer até dia 19 na constelação de Capricórnio. Encontra-se na direção Sudoeste. A sua magnitude ao longo do mês varia de -2,0 a -1,9.

Saturno será visível ao anoitecer naté dia 15 na constelação de Capricórnio.  Encontra-se na direção Sudoeste. A sua magnitude ao longo do mês é de 0,6.

Fig. 1 – Céu visível às 07:00 horas do dia 1 de janeiro em Lisboa mostrando o planeta Vénus.

 

Fig. 2 – Céu visível às 19:00 horas do dia 15 de janeiro em Lisboa mostrando o planeta Marte.

Tabela do nascimento, passagem meridiana e ocaso dos planetas

Úrano e Neptuno também visíveis no céu noturno de janeiro

Úrano, estará visível na constelação de Peixes e Neptuno estará visível na constelação de Aquário, onde permanecerá durante todo o resto do ano. Os planetas Úrano e Neptuno terão de ser observados com telescópio, já que nunca são visíveis à vista desarmada.

Para obter mais informação sobre a “Visibilidade dos Planetas” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2021/ Visibilidade dos Planetas em 2021 e consulte também a tabela Nascimento, Passagem Meridiana e Ocaso dos planetas (Lisboa).

A chuva de meteoros das Quadrântidas em janeiro

Um mau início de ano para os observadores do hemisfério norte, com a atividade máxima da chuva de meteoros das Quadrântidas, que ocorre no dia 3 de janeiro, muito prejudicado devido ao brilho da lua (84,41% iluminada), pois o instante de Lua Cheia ocorreu no passado dia 30 de dezembro. Como esta constelação só começa a nascer depois da meia-noite a nordeste, as observações deverão iniciar-se na 2ª metade da noite.

O nome Quadrântidas resulta da constelação obsoleta “Quadrans Muralis” (Quadrante Mural, assim designado em honra do Quarto de Círculo de T. Brahe), hoje parte da constelação do Boieiro. O radiante da chuva é próxima da Ursa Maior, entre as constelações do Dragão e do Boieiro, numa zona onde no passado se encontrava uma constelação já extinta: Quadrante Mural, criada em 1795 pelo astrónomo Jérôme Lalande e posteriormente abandonada pela Associação Internacional de Astronomia.

As Quadrântidas são umas das melhores chuvas de meteoros no hemisfério norte (atividade máxima de 120 meteoros na THZ (Taxa Horária Zenital)), mas são pouco conhecidas em razão da sua atividade máxima ser muito curta (6 horas) e devido ao mau tempo nesta época do ano, com um período de visibilidade entre 28 de dezembro a 12 de janeiro. Ver tabela abaixo.

Fig. 3 – Céu visível às 01:30 horas do dia 3 de janeiro em Lisboa mostrando o radiante da chuva de meteoros das Quadrântidas. (Para obter maior resolução clique na imagem).

Tabela com a informação sobre a chuva de meteoros das Quadrântidas

Nota: os instantes estão referenciado à hora de inverno para Portugal continental.

Para obter mais informação sobre “Enxames de meteoróides”, e também um a pequena informação sobre a história deste enxame, consulte no nosso site a página Enxames de Meteoroides.

Fases da Lua em janeiro

Como é bem conhecido, as fases da lua são determinadas pelas posições relativas do sistema sol-lua-terra. À medida que a lua se move à volta da Terra, ambos os astros progridem à volta do sol, ocorrendo todos os meses Lua Cheia quando há um alinhamento do tipo Sol–Terra–Lua. A Lua Nova ocorre quando há um alinhamento do tipo Sol–Lua–Terra e nas posições intermédias ocorrem o Quarto Crescente e Quarto Minguante. O período que a lua demora para passar pela mesma fase é de 29,5 dias, conhecido como mês sinódico (ou uma lunação).

Para obter mais informação sobre as “Fases da Lua” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2021/ Fases da Lua e consulte também a tabela Nascimento, e Ocaso da Lua (Lisboa).

A órbita lunar em janeiro

A órbita da lua é aproximadamente uma elipse de excentricidade média 5,5%. A lua demora 27,3 dias a completar a translação (um mês lunar). A órbita elíptica faz com que a lua ora esteja mais perto, ora mais longe da Terra. O ponto orbital mais próximo da Terra é denominado Perigeu e o ponto mais afastado chama-se Apogeu. A distância média Terra-Lua é <dTL>= 384.400 km. A tabela abaixo indica os instantes do apogeu e perigeu lunar com a distância da Terra à Lua em unidades de RT (Raio Terrestre).

Tabela com a informação sobre o Apogeu e Perigeu lunar

Para obter mais informação sobre o “Apogeu e Perigeu lunar” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2021/ Apogeu/Perigeu lunar e consulte também a tabela Apogeu/Perigeu lunares e distâncias Terra-Lua.