Todos os planetas visíveis a olho nu podem ser observados no céu noturno de junho de 2017

Mercúrio será visível ao amanhecer na constelação de Touro até dia 13, e depois será visível ao anoitecer após dia 27 na constelação de Gémeos. Encontra-se na direção Nordeste.  A sua magnitude no inicio do mês varia de -0,3 a -1,4. Consulte aqui toda a informação sobre a “Observação de Mercúrio” e sobre a “Visibilidade de Mercúrio em 2017”.

Vénus será visível de madrugada na constelação de Peixes, movendo-se depois para a constelação de Carneiro, e em finais do mês passa para a constelação de Touro. Encontra-se na direção Este. No dia 3, Vénus estará na máxima elongação O (46º) pelas 14h. No dia 20, Vénus estará a 2º N da lua pelas 22h.  A sua magnitude ao longo do mês varia de -4,3 a -4,0.

Marte será visível ao anoitecer na constelação de Touro movendo-se para a constelação de Gémeos até dia 29, a sua tonalidade avermelhada auxiliará a sua identificação. Encontra-se na direção Oeste. A sua magnitude ao longo do mês é de 1,7.

Júpiter será visível durante a noite na constelação de Virgem. Encontra-se na direção Sudeste. No dia 4, Júpiter estará a 2ºS da lua pela 1h. A sua magnitude ao longo do mês varia de -2,3 a -2,1.

Saturno será visível durante toda a noite na constelação de Ofiúco. Encontra-se na direção Sudeste. No dia 10, Saturno estará a 3º S da lua pelas 2h. A sua magnitude ao longo do mês varia de 0,1 a 0,0.

Fig. 1 – Céu visível às 05h30 do dia 1 de junho em Lisboa mostrando os planetas Saturno, Vénus e Mercúrio.

Fig. 2 – Céu visível às 22h30 do dia 15 de junho em Lisboa mostrando os planetas Júpiter e Saturno.

Tabela do nascimento, passagem meridiana e ocaso dos planetas.

Urano e Neptuno também visíveis no céu noturno de junho

Urano, estará visível na constelação de Peixes e Neptuno estará visível na constelação de Aquário, onde permanecerá durante todo o resto do ano.

Os planetas Urano e Neptuno terão de ser observados com telescópio, já que nunca são visíveis à vista desarmada.

Para obter mais informação sobre a “Visibilidade dos Planetas” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2017/ Visibilidade dos Planetas em 2017 e consulte também a tabela Nascimento, Passagem Meridiana e Ocaso dos planetas (Lisboa).

A chuva de meteoros Ariétidas, ζ Perseidas e β Táuridas em junho

Nesta altura ocorrem as chuvas de meteoros diurnas das Ariétidas, a famosa ζ Perseidas e as β Táuridas. Tanto a constelação de Carneiro, como as de Perseu e do Touro encontram-se próximas do Sol, e isso faz com que estas chuvas de meteoros sejam difíceis de se verem a olho nu. Alguns dos primeiros meteoros são visíveis no momento das primeiras horas da manhã, geralmente uma hora antes do amanhecer.

Ver tabela mais abaixo para obter informações sobre os períodos de visibilidade e as datas de máxima atividade para cada uma destas chuvas de meteoros.

Em 2006, a IMO (International Meteor Organization) decidiu definir uma série de chuvas de meteoros conhecidas sob a designação ANT (The Antihelion Source).

O ANT é uma grande área, aproximadamente oval, com extensão de 30◦ em ascensão reta e 15◦ em declinação, centrado num ponto cerca de 12◦ a leste do ponto da oposição solar sobre a eclíptica, daí o seu nome. Não é uma verdadeira chuva de meteoros (e portanto não tem um número oficial de chuva de meteoros do IAU), mas é sim uma região do céu em que um número variável, embora baixo, de chuva de meteoros secundários ativos têm os seus radiantes.

Fig. 3 – (figura do IMO) mostra os radiantes entre maio a julho, o radiante do ANT em junho encontra-se na constelação de Sagitário.

Tabela com a informação sobre as chuvas de meteoros das Ariétidas, ζ Perseidas e β Táuridas

Para obter mais informação sobre “Enxames de meteoróides”, e também um a pequena informação sobre a história deste enxame, consulte no nosso site a página Enxames de Meteoroides.

Fases da Lua em junho

Como é bem conhecido, as fases da lua são determinadas pelas posições relativas do sistema sol-lua-terra. À medida que a Lua se move à volta da Terra, ambos os astros progridem à volta do sol, ocorrendo todos os meses Lua Cheia quando há um alinhamento do tipo Sol–Terra–Lua. A Lua Nova ocorre quando há um alinhamento do tipo Sol–Lua–Terra e nas posições intermédias ocorrem o Quarto Crescente e Quarto Minguante. O período que a Lua demora para passar pela mesma fase é de 29,5 dias, conhecido como mês sinódico (ou uma lunação).

Fases_da_lua

Fig. 4 – A órbita lunar com excentricidade aproximada, para mostrar o conceito.

Para obter mais informação sobre as “Fases da Lua” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2017/ Fases da Lua e consulte também a tabela Nascimento, e Ocaso da Lua (Lisboa)

A órbita lunar em junho

A órbita da Lua é aproximadamente uma elipse de excentricidade média 5,5%. A lua demora 27,3 dias a completar a translação (um mês lunar). A órbita elíptica faz com que a Lua ora esteja mais perto, ora mais longe da Terra. O ponto orbital mais próximo da Terra é denominado Perigeu e o ponto mais afastado chama-se Apogeu. A distância média Terra-Lua é <dTL>= 384.400 km. A tabela abaixo indica os instantes do apogeu e perigeu lunar com a distância da Terra à Lua em unidades de RT (Raio Terrestre).

Apogeu

Fig. 5 – A órbita lunar com excentricidade muito exagerada, para mostrar o conceito.

Tabela com a informação sobre o Apogeu e Perigeu lunar