O céu noturno em dezembro de 2014
Cometa em dezembro
O cometa C/2012 K1 (Panstarrs) está visível durante este mês.
O cometa C/2012 K1 (Panstarrs) é um cometa de fraco brilho com magnitude 9,78, não sendo visível à vista desarmada. A melhor altura para o observar será no dia 23 de dezembro pelas 19 horas, contudo o cometa estará muito próximo do horizonte na constelação do Escultor na direção Sul, o que dificultará a sua observação. Veja a Fig. 1.
Fig. 1 – Céu visível às 19 horas do dia 23/12/2014 em Lisboa mostrando o cometa C/2012 K1 (Panstarrs).
Marte, Júpiter e Saturno visíveis a olho nu no céu noturno de dezembro
Durante o mês de dezembro, Saturno aparece como estrela da manhã, contudo será difícil de ser observado por estar muito próximo do horizonte. Júpiter encontra-se na constelação de Leão, Saturno na constelação de Balança e Marte na constelação de Capricórnio. A tabela abaixo mostra as horas de visibilidade de Marte, Júpiter e Saturno.
Tabela com o nascimento, passagem meridiana e ocaso dos planetas Marte, Júpiter e Saturno
Tabela com os crepúsculos, altura e azimute de Saturno
Urano e Neptuno também visíveis no céu noturno de dezembro
Urano, estará visível no céu noturno na constelação de Peixes, na qual permanecerá até final do ano. Tem atualmente movimento retrógrado, que se manterá até 22 de dezembro. Neptuno, também estará visível no céu noturno, mas na constelação de Aquário onde permanecerá durante todo o resto do ano.
Os planetas Urano e Neptuno terão de ser observados com telescópio, já que nunca são visíveis à vista desarmada.
Tabela com o nascimento, passagem meridiana e ocaso dos planetas Urano e Neptuno
Para obter mais informação sobre a “Visibilidade dos Planetas” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2014/ Visibilidade dos Planetas em 2014 e consulte também a tabela Nascimento, Passagem Meridiana e Ocaso dos planetas (Lisboa).
A chuva de meteoros das Gemínidas e das Úrsidas em dezembro
Este mês a Terra cruza a órbita do Asteroide Faetonte e são os “detritos” largados por este asteroide os responsáveis pelo enxame de meteoros que decorre anualmente entre 4 e 17 de dezembro: o enxame das Gemínidas. O nome deste enxame resulta dos traços das suas estrelas cadentes nos parecerem sair dum ponto da constelação dos Gémeos (o radiante).
Os apaixonados por este tipo de fenómenos, e os curiosos em geral, poderão nas próximas noites perder algumas horas de sono para apreciar este belo espetáculo. Este ano, não é possível a observação do pico das Gemínidas, porque decorre durante o dia 14 pelas 12 horas, no entanto as previsões mostram que no dia anterior, o sábado 13 de dezembro, a partir das 19h, a observação valerá a pena e será mais favorável por volta das 2h quando o radiante se encontra mais alto no céu. Nessa noite, a lua estará em fase de quarto minguante. Assim, o espetáculo promete cativar até ao nascer do Sol.
Também neste mês a Terra cruza a órbita do Cometa Tuttle e são os restos deste cometa os responsáveis pela chuva de meteoros das Úrsidas que decorre anualmente entre 17 e 26 de dezembro. As previsões mostram que a noite de 22 de dezembro, é o pico de intensidade máxima desta chuva, que tem início por volta das 20h. O número de estrelas cadentes observado não é muito elevado, apenas de 5 a 10 meteoros por hora.
O nome deste enxame resulta dos traços das suas estrelas cadentes nos parecerem sair dum ponto da constelação da Ursa Menor (o radiante). O radiante das Úrsidas é circumpolar na maioria dos locais do hemisfério norte, como é o caso em Portugal. Além disso, temos a lua a nosso favor, será Lua Nova nessa noite, criando condições favoráveis de observação. Só nos resta esperar boas condições meteorológicas.
Para as observar aconselhamos evitar noites nubladas e a poluição luminosa das grandes cidades, e procurar um horizonte desimpedido.
Fig. 3 – Céu visível às 02 horas do dia 17/12/2014 em Lisboa mostrando o radiante das Gemínidas e das Úrsidas.
Tabela com a informação sobre as chuvas de meteoros das Gemínidas e das Úrsidas
Para obter mais informação sobre “Enxames de meteoróides”, e também um a pequena informação sobre a história deste enxame, consulte no nosso site a página Enxames de Meteoroides.
Fases da Lua em dezembro
Como é bem conhecido, as fases da lua são determinadas pelas posições relativas do sistema sol-lua-terra. À medida que a Lua se move à volta da Terra, ambos os astros progridem à volta do sol, ocorrendo todos os meses Lua Cheia quando há um alinhamento do tipo Sol–Terra–Lua. A Lua Nova ocorre quando há um alinhamento do tipo Sol–Lua–Terra e nas posições intermédias ocorrem o Quarto Crescente e Quarto Minguante. O período que a Lua demora para passar pela mesma fase é de 29,5 dias, conhecido como mês sinódico (ou uma lunação).
Fig. 4 -A órbita lunar com excentricidade aproximada, para mostrar o conceito.
Para obter mais informação sobre as “Fases da Lua” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2014/ Fases da Lua e consulte também a tabela Nascimento, e Ocaso da Lua (Lisboa)
A órbita lunar em novembro
A órbita da Lua é aproximadamente uma elipse de excentricidade média 5,5%. A lua demora 27,3 dias a completar a translação (um mês lunar). A órbita elíptica faz com que a Lua ora esteja mais perto, ora mais longe da Terra. O ponto orbital mais próximo da Terra é denominado Perigeu e o ponto mais afastado chama-se Apogeu. A distância média Terra-Lua é <dTL>= 384.400 km. A tabela abaixo indica os instantes do apogeu e perigeu lunar com a distância da Terra à Lua em unidades de RT (Raio Terrestre).
Fig. 5 -A órbita lunar com excentricidade muito exagerada, para mostrar o conceito.
Tabela com a informação sobre o Apogeu e Perigeu lunar
Para obter mais informação sobre o apogeu e perigeu lunar consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2014/ Apogeu e Perigeu lunar.
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