Lua19Mar2011RJAFS_smWeb

Há uma diminuição de 4,4% no diâmetro vertical entre as duas imagens (objectiva de 500mm, 19/3/2011).

É normal ver a lua cheia próxima do horizonte muito maior do que quando se encontra mais alta no céu nocturno. Porém este efeito não é óptico mas apenas cerebral, ou seja, é o cérebro humano que cria a “imagem fictícia” de uma lua enorme, não constituindo uma vulgar ilusão de óptica. Para tirar dúvidas faça duas fotografias usando uma teleobjectiva de grande distância focal  (>200 mm): primeiro apanhe a enorme lua cheia perto do horizonte e, depois, quando já está bem mais alta no céu e aparenta ser mais pequena.

Comparando as duas imagens observa-se o que é o verdadeiro efeito óptico: o diâmetro horizontal da lua permanece inalterado e o seu diâmetro vertical é menor quando está perto do horizonte (veja na fotografia acima). Porquê? É a refracção da atmosfera terrestre associada aos diferentes ângulos de incidência da luz proveniente dos bordos lunares, que cria o encolhimento na direcção vertical da imagem.

Há outra maneira de testar o efeito de “ampliação cerebral”: olhando para a Lua Cheia próxima do horizonte tape-lhe a metade inferior com uma folha de papel e… surpreenda-se!