No dia 3 de julho de 2017 pelas 21h, a terra passará no ponto mais afastado do sol, o afélio, a uma distância de 1,016675594 unidades astronómicas (UA). Ver-se-á o sol mais pequeno do ano porque o seu diâmetro aparente (angular) atingiu o valor mínimo: 31,48’ (minutos de arco). Apesar do diâmetro verdadeiro do sol manter-se fixo (1,393 milhões de km), o ângulo observado entre o extremos esquerdo e direito do disco solar (diâmetro aparente) diminui ou aumenta, consoante a distância ao sol se altera.

Imagens do periélio (esquerda) e afélio (direita) obtidas em 2008. É evidente nesta imagem a diferença de diâmetro angular entre as duas situações. A olho nu a variação é quase impercetível (cerca de 1/30 de diferença). Crédito: Enrique Luque Cervigón

Imagens do periélio (esquerda) e afélio (direita) obtidas em 2008. É evidente nesta imagem a diferença de diâmetro angular entre as duas situações. A olho nu a variação é quase impercetível (cerca de 1/30 de diferença).
Crédito: Enrique Luque Cervigón

A distância média da terra ao sol é de 1 UA (Unidade Astronómica), ou seja 149,6 milhões de quilómetros. Na translação terrestre (movimento elíptico em torno do sol) a distância solar varia diariamente: no periélio está mais próxima e no afélio está mais afastada deste. No periélio, a 4 de janeiro de 2017 durante o inverno, a distância foi de “apenas”  0,983309436 UA, conferindo-lhe um diâmetro aparente de 32,55’.

Curiosidades
Se pensa que por ser verão no hemisfério norte a terra está mais perto do sol, desengane-se, porque é precisamente ao contrário! A justificação provém da inclinação do eixo da terra em relação ao seu plano orbital (de eclíptica) juntamente com o facto da nossa órbita elíptica ser quase circular… e muita física pelo meio.

Se gosta de conhecer e aprender estes assuntos, muito bem explicados pelos professores e investigadores da FCUL que trabalham no OAL-IA, inscreva-se nos Cursos de Astronomia do OAL.