Vista aérea clássica do OAL.

Vista aérea clássica do OAL.

A concepção do edifício do Observatório Astronómico de Lisboa baseou-se no traçado do Observatório Russo de Pulkova. A sua construção e desenho esteve a cargo do arquiteto Jean Colson (francês), que na altura era dos mais distintos arquitetos estrangeiros residentes em Lisboa. Após o apoio financeiro e empenho que o Rei D. Pedro V dispensou a este projecto, foi iniciada a sua construção em 11 de Março de 1861, que apenas terminaria em 1867. O Observatório foi instalado nos arrabaldes da “Lisboa de Então” mas actual Tapada da Ajuda, em terrenos prontamente oferecidos por este monarca.

 

Cúpula Principal que alberga o Grande Telescópio Equatorial

Cúpula rotatória principal que alberga o Grande Telescópio Equatorial.

A cúpula principal alberga um grande telescópio equatorial refractor cuja objectiva tem 38 cm de diâmetro e uma distância focal de 7 metros. É uma estrutura móvel com rotação de 360 graus, em ferro e toda trabalhada. A sua construção esteve a cargo de uma empresa alemã e foi adaptada por Frederico Oom, a partir das cúpulas do Observatório de Pulkovo.

Para além do belíssimo Edifício Central nas colinas da Ajuda e sobranceiro ao Tejo, existem também duas pequenas cúpulas exteriores que albergam instrumentos, situadas a Sul

Entrada do edifício Central do OAL.

Vista sul da entrada do edifício Central, das cúpulas exteriores e dragoeiros do OAL.

O Edifício Central tem três salas de observação astronómica, devidamente equipadas com instrumentos e janelas de observação. Estão situadas nas alas Norte, Este e Oeste do edifício central.

Janela da sala de observação Este do OAL.

Janelas da sala de observação Este do OAL.

A configuração final do Edifício Central é baseada no de Pulkova, porém, é arquitectonicamente mais rica.

Modelo do OAL com a disposição das salas de observação no piso térreo e a cúpula giratória no topo.

Modelo do OAL com a disposição das salas de observação no piso térreo e a cúpula giratória no topo.

O ambiente luxuriante da Tapada envolve agradavelmente o Observatório.

O cacto grande no jardim de entrada do OAL.

O cacto grande no jardim do OAL.

Entrando no edifício central do Observatório Astronómico de Lisboa, encontramo-nos numa enorme nave circular, cuja abóbada ricamente trabalhada descarrega o peso do grande telescópio refractor em várias colunas de grandioso porte. Nos arcos entre as colunas estão dispostas as muitas pêndulas que ao longo deste século de existência foram medindo o tempo. Mas aí encontram-se também arquivadas publicações astronómicas, que o OAL foi recebendo de outros observatórios congéneres espalhados pelo mundo inteiro.

 

A área nobre do edifício Central do OAL.

Detalhes dos arcos que sustentam a cúpula, área nobre do edifício Central (OAL).

 

Os cronómetros sempre foram fundamentais para a astrometria e por isso também para os levantamentos geodésicos feitos nos territórios Africanos, ainda durante este século. É grande a variedade de cronómetros mecânicos de precisão que o OAL possui, e que patenteia o desenvolvimento tecnológico que estes instrumentos tiveram desde o final do século passado.

galeriaInstrumentWeb

Galeria de cronómetros, cronógrafos, instrumentos de passagens e outros, do OAL.

 

Na sala de observação Oeste do Observatório Astronómico de Lisboa, encontra-se a luneta meridiana (ou Círculo Meridiano), que foi muito utilizada para a determinação de coordenadas das estrelas, com grande precisão. Foi construída no século XIX em Hamburgo pela oficina de óptica de Repsold, uma das mais afamadas na construção de instrumentos ópticos de precisão na Europa dessa altura.

O Círculo Meridiano, telescópio usado em astrometria de precisão (OAL).

O Círculo Meridiano, telescópio usado em astrometria de precisão (OAL).

A sala que alberga esta luneta está forrada a madeira, tal como todas as outras salas de observação. Note-se na fotografia as portas que uma vez abertas dão visão sobre o céu, segundo o meridiano de Lisboa, deste o norte até ao sul. Nos pedestais a norte e sul estão colocados pequenos instrumentos que servem para colimar a luneta meridiana.

Portadas para visão do céu na Sala do Círculo Meridiano do OAL.

Portadas para visão do céu na Sala do Círculo Meridiano do OAL.

 

 

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