A actividade mensal das NOAL será realizada no sábado 27–Junho–2015. A sessão terá início com a palestra às 21:30, mas as observações astronómicas decorrerão em contínuo ao longo da noite, até às 24:00.

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Este mês, a sessão das NOAL conta com duas palestras:

  • “Uma descoberta do outro mundo”, proferida por David Sobral – Instituto de
    Astrofísica e Ciências do Espaço (IA).
  • “A Astrofísica do +1s no tempo UTC”, por Rui Agostinho – FCUL, Observatório
    Astronómico de Lisboa e IA.

Atenção:

  1. Apesar de ter acesso livre a actividade requer uma inscrição prévia que se efectua AQUI.
  2. É necessário consultar a página do OAL para mais informações acerca desta actividade.

“Uma descoberta do outro mundo”

O Big Bang criou o espaço e o tempo tal como o conhecemos, mas deixou muito por inventar: a luz, e os elementos necessários à vida. Foram precisas algumas centenas de milhões de anos para que, com a invenção da luz, se inventasse também tudo aquilo que, passados 13 mil milhões de anos, nos permite viver, na nave espacial chamada Terra. Hoje, uma descoberta extraordinária no Universo longínquo aproxima-nos ainda mais dos nossos antepassados mais distantes, criadores de luz, de planetas, e do que nos compõe. Vem conhecê-los!

“A Astrofísica do +1s no tempo UTC”

Boas notícias: em 30 de Junho de 2015 todos ficaremos 1 segundo mais novos… pelo calendário. A introdução de 1 Segundo Intercalar na contagem do UTC (Tempo Universal Coordenado) tem razões astrofísicas mas que se prendem também com a escala de Tempo Atómico e a definição da duração do segundo do Sistema Internacional de Unidades. Nesta palestra irei abordar e detalhar estes aspetos, de modo a entender-se a razão de regularmente ser necessário corrigir a escala de tempo UTC, além de debater a sua existência, um tópico que estará a debate na The World Radiocommunication Conference 2015 (WRC15).

Notas Biográficas:

David Sobral é licenciado em Física pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e doutorado em Astronomia pela Universidade de Edimburgo. Atualmente é Investigador FCT no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e no Observatório de Leiden, onde lidera uma equipa de jovens investigadores. Contribui ativamente para compreender como galáxias como a nossa se formaram e evoluíram ao longo do tempo, incluindo a descoberta das galáxias mais distantes e o estudo pormenorizado de galáxias mais próximas. É também o representante de Portugal no comité de Utilizadores do ESO, membro do painel de avaliação de propostas do ESO, e membro da direção da Sociedade Portuguesa de Astronomia. Para além da Ciência, sempre se interessou pela escrita/literatura e pela simplificação das mais variadas ideias, para lutar contra algum elitismo. Gosta de mostrar que, com trabalho e motivação nada é impossível, e de explorar caminhos opostos aos que a maioria segue.

Rui Agostinho é licenciado em Física na FCUL e doutorado em Astronomia/Astrofísica na Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, EUA. Começou por investigar astronomia galáctica, dinâmica e caraterísticas de populações estelares com muita observação ao telescópio e, atualmente desenvolve um modelo que estuda o impacto do meio ambiente galáctico na evolução das condições para a vida na Terra. É professor no Departamento de Física da FCUL onde formou muitos alunos e Diretor do OAL. Atualmente também está ligado ao Mestrado do Ensino da Física do Instituto de Educação/FCUL. Foi fundador e instalou o Centro de Astronomia e Astrofísica da UL (em 2002 no OAL. Foi seu Coordenador Científico até 2007, centro que juntamente com o CAUP formou o atual IA.
É fundador e sócio da Sociedade Portuguesa de Astronomia (1999), sócio da Sociedade Portuguesa de Física (atual tesoureiro), membro do Conselho Científico do Centro Ciência Viva do Lousal e participa regularmente noutras atividades da Agência Ciência Viva. Em 2001 planeou e executou a instalação do Centro Horário no OAL e é responsável pela manutenção da Hora Legal no OAL e sua distribuição.
É fundador e organizador das atividades públicas mensais (e outras) no OAL desde 1994. Coordenou muitas outras atividades públicas desde 1994 como eclipses solares e lunares, trânsito de Vénus, Ciência Viva no Verão, Astrofestas, participação em exposições na Fundação Calouste Gulbenkian, Museu de Ciência da Lisboa, etc., observações astronómicas públicas em muitos locais.

O ensino de grande qualidade está-lhe no sangue, define-o, e para além das muitas participações em simpósios, conferências e palestras convidadas, durante 5 anos fez um programa semanal de ciência na Antena 2, “O Canto da Ciência” de sua autoria.
Além disso sabe andar de bicicleta.