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Trânsito de Vénus 2004
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Trânsito de Vénus 2004

Sobre Filtros Solares.

Transmitância óptima dos Filtros Solares

Os filtros solares para serem efectivos e dar segurança à visão humana têm de eliminar a radiação solar nociva (ultravioleta UV e infravermelha IV) e reduzir a intensidade da luz visível para níveis confortáveis.

Sabe-se que é necessária uma intensidade mínima de radiação para despoletar os processos das foto-ionizações e as reacções de sobre-aquecimento na retina e no epitélio pigmentado, ou seja, conhece-se a energia mínima que eles requerem a todos os comprimentos de onda (cdo). Sendo ainda os UV mais energéticos requerem por isso menos intensidade também. Assim, é fácil calcular as doses máximas de intensidade de radiação em cada cdo e que não danificam a retina. O nível de intensidade de radiação confortável para a visão, deve ser uma fracção desse máximo (0,1%) e calcula-se considerando que o Sol está no zénite, atravessando uma massa de ar unitária.

Um filtro já adequado à observação solar tem uma transmitância de 0,0032% na zona do visível e menor do que 0,5% no infravermelho, o que corresponde a uma densidade (de negro) 12 nos Vidros de Soldadura a arco. Porém, consegue-se melhor conforto visual diminuindo a transmitância para 0,0003% ou seja, densidade de negro 14 ou inferior. Um filtro ideal deveria ainda bloquear completamente os UV e os IV.

Características Físicas dos Bons Filtros Solares

Em geral os filtros solares para observação directa ocular são feitos de um substrato de polyester ou vidro revestidos (de um lado) de uma finíssima camada (filme) metálica à base de alumínio ou liga de crómio. Em geral esta camada é depositada evaporando o metal em câmaras de vácuo e controlando o processo para gerar filmes muito uniformes com a espessura desejada.

Note-se que também há filtros solares exclusivamente para fotografia astronómica como algumas películas de Mylar. Para serem mais baratos não absorvem tanto com os de observação directa para uso ocular.

A Norma Europeia EN169/1992 define os níveis de densidade 12 a 16 com sendo de máxima segurança para a observação solar directa. A norma EN167 estabelece que a transmitância de filtros solares nos UV não deve exceder os 0,003% (em qualquer cdo) e nos IV não deve exceder os 0,027% (em qualquer cdo).

A Directiva Europeia CEE 89/686 estabelece que os filtros para observação solar directa devem ser equipamentos de protecção pessoal, estar devidamente identificados com o fabricante, ter informações sobre segurança, instruções de uso e armazenamento, prazos de validade, etc..

O filtros solares que obedecem às normas europeias são da mais alta qualidade e seguem processos de fabrico que garantem aspectos fundamentais na sua utilização segura:

  1. Uniformidade de transmitância em toda a superfície.
  2. Transmitância espectral segundo a norma EN167.
  3. Estão adaptados à intensidade solar máxima, com o sol no zénite.
  4. Cobrem bem ambos os olhos tanto em largura como em altura.
  5. O suporte não possui arestas angulosas nem bicudas.
  6. Ausência total de microfuros, arranhões ou imperfeições que deixem localmente passar mais radiação do que a permitida

Qualquer fuga a estas características tornam os filtros impróprios para observação solar directa com absoluta segurança.

Características dos outros “filtros solares”

A utilização de vidros cobertos de negro de fumo, radiografias, negativos fotográficos negros, CD’s e outros materiais torna-se muito perigosa pois não reúnem TODAS as condições que garantem uma utilização segura para observação solar directa e ocular.

Como maus exemplos temos:

  • Negativos fotográficos negros: têm uma transmitância de 47% no IV, levando ao “cozer” lento da retina. ... extremamente perigosa a sua utilização.
  • Negativos fotográficos coloridos: são mais perigosos ainda pois as partículas de prata das películas a preto e branco são substituídas por outras partículas corantes que não filtram a radiação!
  • Vidros cobertos de negro de fumo: têm uma transmitância de 64% no IV, levando ao “cozer” lento da retina. Altamente heterogéneos e sujeitos a riscos e falhas na sua cobertura durante a utilização. São extremamente perigosos.
  • Disquetes de computador: têm uma transmitância de 4% no IV. Podem ter micro perfurações e densidades muito heterogéneas.
  • CD-ROMs: cada marca fabrica como precisa, não havendo um padrão de densidades comum nem uma análise à uniformidade e microperfurações. O risco é todo seu!

NÃO OS UTILIZE! JOGUE PELO SEGURO!

ADQUIRA OS SEUS FILTROS OCULARES NAS FARMÁCIAS!

ESTES OBEDECEM ÀS NORMAS DE SEGURANÇA.

SIGA AS INSTRUÇÕES DA DIRECÇÃO GERAL DE SAÚDE.