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Trânsito de Vénus 2004
A Radiação Electromagnética Solar.
A radiação electromagnética solar é constituída por partículas designadas por fotões, que transportam o campo electromagnético. Melhor ainda, são o próprio campo electromagnético em propagação, o que é também um fenómeno ondulatório, ou seja, a propagação de uma onda no espaço.
Consoante a energia crescente que os fotões carregam, a radiação electromagnética assume as designações de ondas de rádio, de microondas, radiação infravermelha, luz visível, radiação ultravioleta, raios-X e raios gama. A sua energia é inversamente proporcional ao comprimento de onda (cdo) do fotão (onda que se propaga). Daí os infravermelhos terem muito menos energia que a luz visível, e esta menos que os ultravioleta.
Do ponto de vista médico temos que nos preocupar com os fotões mais abundantes na radiação solar. Estes incluem a luz visível, pois o pico da radiação está no verde-amarelo. Porém, ainda há uma contribuição ainda importante dos infravermelhos próximos e uma quantidade não desprezável de raios ultravioleta muito energéticos
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Os raios ultravioleta situam-se para lá do extremo azul do espectro visível, com cdo entre os 0,010 e os 0,400 mícrons (milésimo de milímetro). Os ultravioletas C têm energia suficiente para quebrar algumas ligações químicas, e induzir reacções fotoquímicas entre moléculas nos tecidos celulares. Felizmente, o gás ozono na atmosfera terrestre absorve os UVC vindos do Sol.
Do ponto de vista médico os ultravioletas são classificados em:
- ultravioletas C (UVC) com cdo entre os 0,100 e 0,280 mícrons (mais energéticos)
- ultravioletas B (UVB) com cdo entre os 0,280 e 0,315 mícrons
- ultravioletas A (UVA) com cdo entre os 0,315 e 0,400 mícrons (menos energéticos)
Devido à energia envolvida os UVB causam um maior risco de cancro de pele, e os
UVA causam envelhecimento, perda de elasticidade e enrugamento da pele.
O efeito conjunto dos UVA+UVB é mais devastador no aparecimento do cancro da
pele e na produção de cataratas nos olhos. Os UV ainda provocam reacções fotoquímicas na retina que levam à ionização de moléculas e consequentemente à morte celular.
A restante radiação solar não é, por si só, nociva ao corpo humano. Porém, se exposto a intensidades e doses elevadas de radiação infravermelha (IV), por exemplo, esta pode produzir um aquecimento exagerado das células e tecidos mais sensíveis
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